"Perdemos muito tempo com as disputas internas. Se este processo de unidade entre nós tivesse sido feito há mais tempo, hoje teríamos um Grupo Parlamentar reforçado na Assembleia Nacional", reconheceu Ngola Kabango, frisando que a situação de estabilidade no seio do partido hoje é uma vitória de todos.

Ngola Kabango, que foi convidado pelo Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), no âmbito do seu projecto académico "Reencontro com a História", considerou que a reconciliação no seio da organização é uma rocha intransponível, solicitando à actual direcção que cumpra escrupulosamente os estatutos da organização.

"Foram mais de 20 anos terríveis que estivemos divididos, crises do género já mais poderão acontecer", prometeu Ngola Kabango, salientando que o último congresso veio reavivar o partido histórico.

O nacionalista Ngola Kabango defendeu o reforço da unidade e coesão no seio do partido, tendo em vista os futuros desafios, nomeadamente a realização das eleições autárquicas e gerais de 2027.

"Tudo já foi feito para que o partido se reencontre", acrescentou Ngola Kabango, que anunciou a publicação da sua biografia ainda este ano, na qual deverão constar aspectos da sua vida enquanto político.

"Vou contar cenas históricas e polémicas da política angolana nas quais estive envolvido. Será um livro de memórias em que vou partilhar com cidadãos os meus 80 anos de idade", acrescentou o político.

Referiu que o livro vai abordar questões polémicas, entre as quais o envolvimento do seu nome nas fricções existentes no seio deste partido histórico.

A coesão interna também foi defendida pelo ex-presidente, Lucas Ngonda, que pediu aos militantes para se empenharem afincadamente nas actividades político/partidárias para que a FNLA seja cada vez mais forte e que corresponda às aspirações do povo.