"Mas não ficamos pela rejeição. Queremos daqui, deste pódio, reafirmar a nossa total disponibilidade para participar na concepção e discussão de reformas institucionais sérias e profundas no quadro de uma estratégia de longo prazo, concebida por todos, aprovada por todos e para ser implementada por todos, através dos ciclos alternados de governação, de acordo com o princípio democrático", diz a UNITA.

Para a UNITA "este é o orçamento do défice estrutural, que alimenta operações de branqueamento de capitais e a insustentabilidade das Finanças Públicas".

"Este não é o orçamento feito para o povo e no interesse do povo. Este é o orçamento da inversão das prioridades e da subversão da Constituição e da Lei. Porque a Constituição manda erradicar a pobreza, eliminar a fome, tornar universais e gratuitos os cuidados primários de saúde e garantir o acesso universal ao ensino obrigatório gratuito", argumenta a UNITA, frisando que o orçamento é do negócio da dívida, promotor do peculato, da corrupção e da impunidade.

"A Proposta de OGE para 2025 enferma dos mesmos problemas registados nos orçamentos anteriores. Assim sendo, a vida das famílias não vai melhorar, o desemprego vai aumentar, o preço dos combustíveis, da electricidade e da água vão subir, o kwanza vai continuar a desvalorizar-se, o preço dos alimentos vai continuar a subir, o que significa que a inflação continuará a aumentar e a dívida pública continuará a crescer com todas as consequências que isto acarreta para as gerações presentes e futuras", finaliza a UNITA.

O Orçamento Geral do Estado para 2025 (OGE2025), avaliado no montante de 34,6 biliões de kwanzas (cerca de 27,5 mil milhões de dólares), foi preparado na base de um preço do petróleo de 70 dólares norte-americanos, e de uma produção petrolífera de 1.098 mil barris/dia, e consente um défice global de 1,65% do Produto Interno Bruto (PIB) para impulsionar o crescimento previsto em 4,1%, mais reforçado quando comparado com as projecções de fecho para o ano de 2024 na ordem dos 3,3%.