Ao Novo Jornal o deputado da UNITA, Joaquim Nafoia, referiu que o subsídio de isolamento, previsto no Decreto nº 12/03, de 8 de Abril, como estímulo aos funcionários que trabalham nas zonas mais recônditas do País, é bem-vindo, mas defendeu que o Executivo deve remunerar bem os trabalhadores.

"A prática é critério da verdade. Queremos ver essa medida a ser aplicada para o bem dos funcionários que precisam de ser bem pagos. Com maus salários, os subsídios não terão peso no bolso do funcionário", adiantou.

O secretário-geral do PRS, Rui Malopa Miguel, entende que com o pagamento do subsídio de isolamento, o Executivo vai promover a justiça social e fazer com que os profissionais não fiquem confinados a Luanda ou ao litoral, onde as condições sociais são mais atractivas.

"O Executivo tem de valorizar o salário dos funcionários, mas é preciso fazer mais, porque os funcionários nas zonas de difícil acesso atravessam momentos difíceis", disse, frisando que o País tem condições suficientes para remunerar bem os funcionários públicos.

O porta-voz da FNLA, Ndonda Nzinga, olha para a medida do Executivo como forma de estimular os que trabalham em zonas mais recônditas.

"O subsídio de isolamento vai atrair funcionários a trabalhar em zonas longínquas do País e evitar a fuga de quadros", disse, destacando que é também uma forma de valorizar os funcionários em zonas sem muitas condições de habitação e de trabalho.

O secretário-geral do Bloco Democrático, Muata Sebastião, diz que o subsídio de isolamento incentiva os jovens formados a trabalhar fora de Luanda.

"Os funcionários visados têm direito aos subsídios de isolamento, mas o Governo tem de aumentar os salários dos funcionários. O País tem condições para valorizar os cidadãos", acrescentou.

Na quinta-feira, 2 de Fevereiro, em reunião do Conselho de Ministros, presidida pelo Chefe de Estado, foi aprovado um pacote de incentivos que conta, por exemplo, com um subsídio de isolamento equivalente a 30% do salário-base e um subsídio de renda de casa, correspondente a 30% do salário-base.