Segundo o Presidente da República, o novo aeroporto de M'Banza Congo concederá à província do Zaire uma maior dignidade e impulsionará o progresso regional, e irá garantir o acesso à cidade património mundial da humanidade.

Os 78,3 milhões de euros vão ser distribuídos por duas empreitadas e respectivos serviços de fiscalização.

Para a empreitada do projecto de transmissão e transformação de 60 KV de energia foram destinados 20,2 milhões de euros, enquanto que para os serviços de fiscalização estão avaliados em 1,2 milhões de euros.

Já para a empreitada para a concepção e construção dos sistemas de abastecimento de água para o Novo Aeroporto de M'Banza Congo, a futura centralidade do município sede,

a Comuna do Nkiende e outras infra-estruturas que serão erguidas naquela circunscrição administrativa estão destinados 54,2 milhões de euros, estando reservados para os serviços de fiscalização 2,7 milhões de euros.

Ao Governador Provincial do Zaire é delegada competência, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das peças, a verificação da validade e legalidade de

todos os actos decisórios e de aprovação tutelar no âmbito do procedimento, incluindo

a adjudicação, celebração e assinatura dos contratos.

O Chefe de Estado autoriza igualmente a inscrição dos projectos no Programa de Investimentos Públicos.

Ao Ministério das Finanças compete assegurar os recursos financeiros necessários à implementação dos contratos.

Em Agosto de 2019 o Presidente da República autorizou a despesa e formalizou a abertura de um concurso público limitado por prévia qualificação para a empreitada de concepção, construção, fornecimento, instalação de equipamentos e apetrechamento do novo aeroporto de Mbanza Kongo, na província do Zaire.

A medida era justificada com o estado de degradação do aeródromo, que implica "grandes dificuldades de operação e acomodação de passageiros" e com a elevação da cidade de Mbanza Kongo a património cultural da humanidade, sendo necessário "promover a construção de um novo aeroporto que satisfaça as necessidades actuais e futuras da cidade, com todas infra-estruturas do sistema aeroportuário, em conformidade com os padrões internacionais".

A inscrição de Mbanza Congo, antiga capital do Reino do Congo, como património da humanidade implicava a construção, até 2020, data já ultrapassada, de um novo aeroporto, face à proximidade do actual aos locais históricos agora classificados pela UNESCO.

No decreto de 2019 pode ler-se que Mbanza Kongo beneficiou da primeira infra-estrutura aeronáutica em 1961, com a construção de um campo de aviação (aeródromo), ampliado em 1967, e que actualmente está circundado por construções habitacionais em todos os seus limites, o que o torna bastante penalizado, para operações acronáuticas seguras e sem possibilidade de crescimento.

O novo aeroporto de Mbanza Congo, que está a ser construído em Nkiende, a 20 quilómetros do actual, ainda do tempo colonial português e depois alargado, "consta do plano de investimentos públicos" do Governo central. Que de resto "fez fé" desse compromisso junto da UNESCO, para garantir a classificação das actuais ruínas da antiga capital do Reino Congo, com mais de 800 anos.

Em Julho de 2021, o Governo angolano e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A. assinaram um acordo de financiamento no valor global de 150,7 milhões dólares norte-americanos, incluindo o pagamento do prémio de Seguro de Crédito à Exportação com cobertura da Agência de Crédito à Exportação de Espanha.

A obra foi entretanto adjudicada à empresa Sinodydro, de origem chinesa e o Governo angolano prevê inaugurar o novo aeroporto de Mbanza Congo em 2025, no âmbito das comemorações dos 50 anos de Independência Nacional.