O anúncio foi feito hoje pelo primeiro secretário da mesa da Assembleia Nacional, Raúl Augusto Lima, no termo de uma reunião da Comissão Permanente do Parlamento, dirigida pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos "Nandó".

Ao Novo Jornal, o quarto vice-presidente da Assembleia Nacional, pela UNITA, Ernesto Mulato, entende que " por este ser o último ano desta Legislatura, poderá não haver muito tempo para elaboração de novas leis, mesmo que a vontade esteja lá".

"Normalmente, os grupos parlamentares ficam mais focados nos movimentos de seus partidos", frisou, apontado como prioridade "o debate da Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022, a Lei Orgânica para as Eleições Gerais devolvida à Assembleia Nacional pelo Presidente da República para se suprirem algumas lacunas por ele detectadas e por haver certos artigos que violam o princípio democrático de eleições livres, justas e transparentes".

"É possível que os Grupos Parlamentares tentem elaborar alguns projectos de Lei a serem submetidos à Assembleia Nacional, mas a questão da preparação das eleições vai aquecer o ambiente político-parlamentar desta legislatura", acrescentou.

O deputado Tomás da Silva, do MPLA, referiu que neste ano parlamentar a atenção do seu partido estará virada para a preparação das eleições gerais.

A Assembleia Nacional é composta por 220 deputados, dos quais 150 do MPLA, 51 da UNITA, 16 da coligação CASA-CE, dois do PRS e um da FNLA, composição resultante das eleições gerais de 2017.