"Podem ser palavras duras, mas elas caracterizam-se pela verdade. Nós vivemos, nos últimos três anos, um ambiente de terrorismo de Estado, completamente antidemocrático", referiu o líder da UNITA na abertura da IV reunião do Comité Permanente do partido.

De acordo com o líder do partido do "Galo Negro", este ambiente já não pode acontecer em Angola, porque às eleições são cíclicas e não são uma novidade.

"Temos que virar a página, porque todos somos angolanos. Temos de dialogar", acrescentou, salientando que as eleições passadas trouxeram "uma forte mensagem" para a UNITA e para o próprio partido que governa.

Adalberto Costa Júnior, que insiste que foi o seu partido e a Frente Patriótica Unida (FPU) quem ganhou as eleições de 24 de Agosto, sublinhou que Angola vive actualmente um ambiente pós-eleitoral caracterizado por um alastrar da miséria absoluta no seio da população.

"Nós temos que fazer diferente, sob o risco de estarmos a negar a estabilidade do País", sublinhou, salientando que a UNITA não pode ser conivente com práticas negativas e tem que as denunciar.

Sobre as eleições autárquicass, disse que não vão parar de lutar para que estas finalmente aconteçam em Angola, defendendo que as mesmas tem que acontecer em 2023 em todos os municípios.

Anunciou que em 2025, a UNITA vai realizar um congresso onde vão traçar as estratégias para as eleições de 2027.

Esta reunião está a analisar a vida interna do partido e a situação sociopolítica do País, após as últimas eleições gerais de 24 de Agosto.

Este encontro é o primeiro que acontece após a realização das V eleições gerais de 24 de Agosto último.