Felipe VI e a sua comitiva chegam a Luanda na noite desta segunda-feira, dando início formal a esta visita apenas na manhã de terça-feira, com encontros com o Presidente João Lourenço no Palácio Presidencial da Cidade Alta onde assistirá à assinatura de acordos diversos antes do almoço oficial.
O Rei de Espanha vai estar na galeria do Banco Económico, onde inaugurará uma inédita e culturalmente relevante exposição do pintor catalão Joan Miró (1893-1983), um mestre do século XX, que trabalhou como nenhum outro o abstraccionismo e o surrealismo, o que o levou à condição de um dos mais proeminentes pintos espanhóis modernos.
Antes de deixar Luanda, Felipe VI e João Lourenço vão estar no fórum empresarial, seguindo-se o seu tradicional discurso na Assembleia Nacional, culminado esta histórica visita a Angola com uma ida ao museu de História Miliar.
Esta visita tem como azimute o fortalecimento das relações entre Espanha e Angola, surge depois de o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez ter visitado Angola em Abril de 2021, seguindo-se uma deslocação de Estado do Presidente João Lourenço a Espanha, em Setembro desse ano, tendo, já em Outubro de 2022, Sanchez regressado a Luanda numa curta escala entre a África do Sul e o Quénia.
Nessa primeira vinda a Luanda, o chefe do Governo espanhol afirmou, como pode ser revisitado aqui, como desígnio fundamental da política externa de Madrid, e Angola foi colocada na lista das suas priodades no continente africano.
Num desses desafios (ver links em baixo nesta página) Sanchez apontava para a liderança espanhola da União Europeia em África e Angola era, e é, como esta visita de Felipe VI atesta, uma plataforma essencial para a expansão da influência de Madrid no continente.