O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusa os serviços secretos angolanos de manterem uma acção desestabilizadora na CIVICOP, desviando a missão desta dos seus propósitos iniciais, que eram a reconciliação nacional através da dignificação dos que tombaram duranteos diversos conflitos que o país viveu deste a independência.
Segundo o partido do "Galo Negro", a Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos foi transformada numa arma de arremesso e julgamento público de adversários políticos como se fossem inimigos.
"Constata-se com preocupação um desvio deliberado dos propósitos que estiveram na base da criação da CIVICOP", dizia a UNITA ainda na passada semana, através do seu grupo parlamentar, antes de hoje a sua lAdalberto Costa Júnior ter renovado as críticas e condicionado a participação do partido nesta comissão à saída das secretas, que estão, diz, afincadamente a distorcer os seus propósitos.
O partido do "Galo Negro" lembrava que esta plataforma, que deveria ser a base sólida da reconciliação, foi transformada numa "instrumentalidade partidária de arremesso e julgamento público de adversários políticos como inimigos".
A UNITA condena "veementemente" a forma como a CIVICOP exibiu as ossadas de algumas das vítimas, em desrespeito pelas famílias, valores e tradições africanas, pelo que exige a retomada dos objectivos e princípios que nortearam a sua criação, "o mais urgente possível".