A UNITA quer ver, agora, se esta medida do Governo Provincial de Luanda (GPL) é apenas administrativa e perceber qual a sua eficácia.

"Estão a dizer que têm mercados com lugares para as pessoas venderem, será que vão caber? Estas pessoas têm disposição para ficarem sentada nos mercados?", questiona a UNITA.

Segundo o "Governo Sombra", a venda desordenada só aconteceu devido aos erros de governação que obrigaram as populações a desenrascarem-se para sobreviver.

"Quando as pessoas começam a procurar mecanismos de sobrevivência sem que o Estado garanta o dia de amanhã, acontece isto. As pessoas fazem o que querem. O MPLA errou ao permitir e agora está a correr atrás do prejuízo", salientou.

Segundo o primeiro-ministro do "Governo Sombra" da UNITA, as pessoas já perceberam que quem manda, agora, não está preocupado em ajudar a resolver o problema da sobrevivência das populações.

"Com pobreza e fome o Governo não vai conseguir acabar com a venda desordenada. Mas, também não aceitamos a forma como as pessoas vendem desordenadamente na cidade", assegura o político, afirmando que a venda desordenada dá mau especto à cidade, e não é aconselhável.

Entretanto, o Executivo, através do GPL, afirma que o Plano de Reordenamento do Comércio não pretende extinguir a venda ambulante, mas sim acabar com a venda desordenada em Luanda e descongestionar as vias, segundárias e terciárias, antes ocupadas pela venda desordenada.

Nádia Neto, porta-voz do Plano de Reordenamento do Comércio no município de Luanda, disse aos jornalistas que o que está proibido é o exercício da venda em locais impróprios, como passeios, bermas e estradas.