As denúncias foram feitas por um grupo de estudantes finalistas, sob anonimato, com medo de represálias, que acusa a direcção do Instituto Superior Politécnico Lusíadas de Cabinda de extorsão, visto que nas demais universidades apenas se exige a uniformização das becas e deixam o restante vestuário ao critério dos estudantes, havendo apenas uma obrigatoriedade quanto às cores.
"Somos estudantes finalistas do Instituto Superior Politécnico Lusíadas de Cabinda e nos queixamos de extorsão pela instituição para a cerimónia de outorga. Nós pagamos mensalmente a propina de 40 mil kz, agora, a universidade inventou que todos devem usar um uniforme obrigatório que custa 170 mil kwanzas", explicam os visados.
Segundo estes, as outras universidades apenas exigem a uniformização das becas e a roupa fica ao critério dos estudantes.
"O que sabemos é que as outras instituições exigem apenas apresentação das cores, que são calça preta, casaco preto, meias pretas e camisa branca, para os homens, e para as meninas, saia preta abaixo do joelho, meias de vidro pretas, casaco preto e camisa branca", descrevem os finalistas.
Conforme os visados, na província de Cabinda existem bons alfaiates que poderiam fazer os uniformes ao invés de importarem do exterior do País.
"Não sabemos se vêm de Luanda, pelo preço achamos que não! Mas dizem-nos que vêm de fora e serão feitos por uma empresa", disseram.
Os finalistas queixaram-se também da falta de condições na instituição que vão desde os laboratórios, às salas de informática mal equipadas, à falta de climatização e de um sistema de gestão de notas para se evitar reclamações de injustiça.
Sobre as reclamações dos estudantes finalistas, e com o objectivo de ouvir a versão do Instituto Superior Politécnico Lusíadas de Cabinda, o Novo Jornal tentou, sem sucesso, o contacto com aquela instituição.