A partir do dia 31 de Julho, o Governo, através Ministério da Agricultura e Florestas, deixará de emitir licenças para importação de coxas, moelas e asas de frango e de galinha rija, além de outras miudezas, incluindo de pato e de peru... soube o Novo Jornal.
Segundo o Instituto dos Serviços de Veterinária do Ministério da Agricultura e Florestas, vão deixar de ser importados igualmente o rabinho de bovino, cabeça de bovino e pescoço de porco.
Num comunicado divulgado pela Rádio Nacional de Angola (RNA), é ainda dito que as primeiras licenças para importação deixarão de ser emitidas a 15 de Março, abrangendo a cabeça, mascara, orelha, focinho, rabinho, esterno e coração, enquanto a coxa de franco e outros produtos, a proibição é somente a partir do dia 31 de Julho, valendo a proibição a partir de Agosto.
Segundo o comunicado do Governo, que a RNA cita, a medida surge pelo facto de existir condições em Angola para a produção destes produtos.
Entretanto, face à medida, o Novo Jornal conversou com populares que disseram ser boa a decisão do Governo, mas esperam que a medida não leve a mais aumentos de preços.
Já os produtores de carne de frango são unânimes em dizer que o país está em condições de produzir localmente os produtos alimentares que vão deixar de ser importados.
José Severino, presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), em declarações ao Novo Jornal, esta quinta-feira,13, disse que o Governo apenas correspondeu à espectativa que os empresários criaram.
Entretanto, a AIA, entende que o Executivo tem de ter cautelas para depois conseguir sustentar o mercado, não deixando faltar aos agricultores a ração para os animais, por exemplo, afirmando ainda que esta medida vai exigir preparação antecipada dos produtores nacionais.
José Severino assegura que a AIA é contra a proibição de importação de produtos para não criar roturas de stock. Segundo a AIA, seria melhor o Executivo taxar pesadamente a importação, do que proibir.
"A economia e as exportações não se fazem com proibição. O governo tem que ter outros os instrumentos, que não seja a proibição, e tornar o produto importado mais cara", concluiu.