Vitória de Barros fez esta afirmação no acto alusivo ao Dia Internacional de Combate as Doenças por Deficiência do Iodo, que se assinala domingo (19), adiantando que Angola possui condições geográficas e climáticas boas para aumentar a produção nacional de sal e diminuir as importações.

Para termos sal iodizado em quantidade e qualidade é necessário aumentar a produção a nível nacional, disse a ministra.

Referiu que o Executivo angolano, através do Ministério das Pescas, tem apoiado os salineiros, tendo procedido ao tratamento de mais de 200 hectares de terras, ampliando salinas para a introdução de novas tecnologia para a produção industrial de sal e melhoramento da tecnologia artesanal.

Informou que em colaboração com o Ministério do Comércio, estão a ser estabelecidas as quotas de importação de sal para salvaguardar a comercialização do produto nacional, ao mesmo tempo que o Executivo criou facilidades para que, no

âmbito do Programa Angola Investe, os salineiros consigam financiamentos para os seus projectos.

Referiu que a comissão nacional técnica tem monitorizado a nível nacional o acesso do sal iodizado para o consumo das populações, principalmente nas províncias endémicas como - Huambo, Kuando Kubango, Huíla, Moxico, Bié, Lunda

Norte e Lunda Sul.

Entretanto, dos 80 porcento da população que consome sal iodizado, apenas 44,75% consome sal adequdamente iodizado, 35,5 % utiliza sal com iodo abaixo do recomendado e 19,8 % não consome sal iodizado.

A produção actual de sal no país ronda as 50 mil toneladas/ano, uma cifra considerada insuficente para as necessidades da população, animais e indústria. A meta estabelecida pelo Executivo é a de 120 mil toneladas até 2017.

Mais de 40 porcento do sal utilizado em Angola é importado, sendo os principais mercados - Portugal, Mexico, Itália, Namíbia, China e Grã-bretanha.

O Dia Internacional de Combate as Doenças por Deficiência de Iodo está a ser comemorado com a realização de palestras em várias escolas e províncias endémicas do país.

Estas doenças são vulgarmente designadas por DDIs. Estão amplamente distribuídas em todo o mundo , existindo mais de dois biliões de pessoas em risco.

Contam-se em cerca de 750 milhões de pessoas afectadas pelo bócio , 43 milhões afectadas por danos cerebrais e 11 milhões por cretinismo.

Angop/ NJ