Mais de 350 altas patentes de distintas polícias de África vão discutir, entre vários temas, a aplicação de leis sobre o terrorismo, cibercrime, crime financeiro e corrupção, furto e roubo de viaturas, tráfico de seres humanos e pirataria marítima.
O porta-voz da comissão técnica preparatória do evento, o superintendente-chefe de Investigação Criminal Manuel Halaiwa, explicou que a reunião vai decorrer em Angola na sequência do acordo rubricado com esta Organização Internacional de Polícia a 19 de Outubro do ano passado, à margem da 90.ª Assembleia-Geral da instituição, que aconteceu em Nova Deli, na Índia.
Segundo o porta-voz, as intervenções das autoridades angolanas vão centrar-se no combate no tráfico de seres humanos, corrupção e crime financeiro.
O comandante-geral da Polícia Nacional angolana, Arnaldo Carlos, vai apresentar um retrato da criminalidade em Angola e soluções para a combater, enquanto o director-geral do Serviço de Investigação Criminal, António Paulo Bendje, vai falar sobre a experiência de Angola na luta contra o tráfico humano.
A directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República, Eduarda Rodrigues, vai falar sobe o confisco e recuperação de bens.
O secretário-geral e representantes da Afripol, mecanismo da União Africana para a cooperação policial e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), Jürgen Stock, está presente nesta conferência.
Esperança da Costa, a vice-Presidente da República, vai presidir à sessão de abertura, que vai contar com ainda com o presidente da Interpol, Ahmed Nasser Al-Raisi.
Está conferência vai contar com a participação de 350 delegados de países africanos, assim como representantes dos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Austrália, Qatar, Sérvia, Guatemala e Brasil.
A Interpol é uma organização que facilita a cooperação policial mundial e o controlo do crime, foi fundada em 1923 como Comissão Internacional de Polícia Criminal.
Esta organização ajuda a coordenar a cooperação entre as instituições policiais do mundo por meio de bancos de dados criminais e redes de comunicação.