Estes suspeitos foram detidos, uns em Janeiro e outros no início deste mês, e estavam sob custódia do SIC, onde aguardavam pela aplicação da medida de coacção, soube o Novo Jornal, tendo recebido a decisão nesta quinta-feira, 13.

Na passada quarta-feira, 5, os mesmos foram presentes ao tribunal para aplicação da medida de coacção, onde os seus advogados alegavam que fossem caucionados e postos em liberdades sob termo de identidade.

Entretanto, após uma semana de auscultação aos detidos, e consultadas as provas do SIC, o Juiz de Garantias avaliou o grau de envolvimento de cada um dos arguidos no processo-crime aplicou à medida de coação pessoal mais elevada, a prisão preventiva.

O Novo Jornal soube que estes funcionários foram encaminhados, uns para as celas da Comarca de Viana e outros para a cadeia de São Paulo.

Entre os detidos estão um ex-administrador da AGT, um ex-director da direcção de arrecadação e cadastro, assim como um empresário e consultor da empresa chinesa H&S, que, na verdade, é funcionário da AGT que está de licença de três anos, para dedicar-se aos negócios, como descreveu uma fonte judicial ao Novo Jornal.

Os crimes, ainda em investigação, incluem acesso ilegítimo a sistema de informação, falsidade informática, devassa de dados, associação criminosa e peculato.

O Novo Jornal apurou que a maioria dos arguidos está representado pelos melhores escritórios de advogados do País.

Entretanto, a fraude milionária na Administração da Administração Geral Tributária levou a PGR a desencadear uma investigação ao mais alto nível na hierarquia desta instituição, como noticiou o Novo Jornal a semana passada. Fontes da PGR asseguraram que há nesta instituição uma grande rede organizada.