As fontes de água canalizada são escassas na maioria das localidades, apesar dos programas de melhoria e fornecimento de produto de qualidade às populações.

Vírus, bactérias, parasitas e substâncias químicas dissolvidas têm causado várias doenças infecciosas, levando constantemente as pessoas às unidades sanitárias.

No bairro Cangambo Ocidental, cerca de 10 quilómetros da cidade capital Malanje, onde residem mais de 2.600 pessoas, a maioria consome água de poços

artesianos, outros de cisternas, e outros ainda de uma nascente com altos níveis de contaminação, apesar de estar cercada de betão armado.

"Tiramos a água numa fonte, o que nos tem causado muitas doenças. Estamos agastadas com isso, estamos a sofrer, queremos que o governo faça alguma coisa por nós", lamenta Eva Fonseca, residente naquela circunscrição há oito anos.

A mulher de 37 anos diz que se nada for feito, o número de pessoas com doenças diarreicas vai aumentar exponencialmente. "Há muitas doenças diarreicas e, nesta altura em que muito de fala de cólera, temos medo que as coisas piorem por causa da água que consumimos, agravada pelas infiltrações resultantes das chuvas que arrastam dejectos", referiu.

Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, pagável no Multicaixa. Siga o link: https://reader.novavaga.co.ao/