Com o oficial comissário também será julgado um oficial superior de investigação e antigo director do SIC- Huíla, Alberto Amadeu Gonçalves Suana, que já foi condenado em 2018 a quatro anos de prisão pelo Tribunal de Comarca da Huíla, pelos crimes de corrupção e peculato.
O sub-comissário do SIC só não foi julgado em 2018, com o antigo director do SIC- Huíla, pelo Tribunal da Huíla, por gozar de foro especial, visto que é de Lei que os oficias generais e comissários, assim como os magistrados e outras entidades nomeadas pelo titular do poder Executivo, só possam ser julgados pelo Supremo.
Segundo os factos, entre 2015 e 2016, o arguido Samuel Ramos Peso era director adjunto do SIC- Huíla, e ambos os responsáveis desviavam e comercializavam as viaturas que o SIC apreendia no âmbito dos processos-crime que chegavam àquele órgão de investigação no Lubango.
Em 2017, Samuel Ramos Peso atingiu a patente de sub-comissário de investigação e foi nomeado director provincial do SIC em Malanje.
Em 2018, o processo-crime em que está envolvido foi a julgamento no Tribunal de Comarca da Huíla, onde o seu antigo responsável, o também arguido Alberto Amadeu Gonçalves Suana, foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão maior e ao pagamento ao Estado de uma indemnização de quatro milhões de kwanzas.
Entretanto, fontes do Novo Jornal junto desta corte suprema asseguram que este será o primeiro julgamento público de um oficial comissário do SIC no TS.