"Só vamos parar quando alguém do Governo conversar connosco. A paralisação terá a duração de três dias e hoje foi apenas o primeiro", disse ao Novo Jornal Francisco Paciente, presidente da ANATA. A mesma posição foi manifestada por Rafael Inácio, responsável da ATA.

Enquanto isso, milhares de cidadãos caminhavam a pé, ao final da tarde de segunda-feira, de regresso a casa por falta de táxis nas praças.

Depois dos episódios de vandalismo e arruaça verificados em vários pontos da cidade capital no período da manhã, no período da tarde, apesar da calmo, nas paragens, vários taxistas que não aderiram ao protesto profissional preferiram estacionar as viaturas com medo de serem atacados pelos grevistas, como sucedeu ao início do dia.

Nas avenidas Deolinda Rodrigues, Hoji ya Henda, Pedro de Castro Van-Dúnen Loy, Estrada da Samba e Vila de Cacuaco, o cenário, ao fim do dia de trabalho, o cenário era, como o Novo Jornal verificou, de enchentes nas paragens de táxi.

As poucas viaturas em serviço de táxi nem de perto nem de longe chegavam para a demanda da população.

As três associações de táxistas em Luanda, ANATA, ATA e ATL, organizadores da paralisação, já manifestaram publicamente a sua indignação e condenaram os actos de vandalismo praticados por diversos cidadãos.

Os taxistas queixam-se do excesso de zelo dos agentes policiais de que são alvo e do mau estado das estradas e exigem a profissionalização da actividade.

Entretanto, a situação mais gravosa ocorreu no Benfica, onde, para além dos actos de agressões a taxistas, houve destruição de património e queima de pneus nas ruas, o comité distrital do MPLA, bem como um autocarro do Ministério da Saúde, foram distribuídos.