O assaltante confesso foi apresentado hoje pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC-Geral), no município de Cacuaco, em Luanda, e está indiciado, com os seus quatro comparsas, em diversas praticas criminais, entre as quais o assalto da viatura de um capitão das Forças Armadas Angolanas (FAA), colocado no Exercito, com recurso a arma de fogo do tipo Kalashnikov.

Em declarações ao Novo Jornal, o detido, de apelido Sousa, que já tem passagem pela polícia por roubo, furto e ofensas corporais, contou os detalhes de mais um crime que envolve operacionais do SIC-Geral.

Segundo a versão do assaltante em prisão preventiva, medida de coacção mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Viana, ele e os seus comparsas encontravam-se sentados à porta do Porto de Luanda, controlando o camião.

Entretanto, pediram boleia ao motorista quando o mesmo saia com destino a um dos armazéns nas proximidades entre os municípios de Cacuaco e Viana.

"O nosso objectivo era roubar a mercadoria e vender a uma senhora que já estava num quintal escondida à espera do contentor completo com os sacos de farinha de trigo e depois abandonar o camião", explicou, salientando que durante a descarga da mercadoria apareceram os efectivos do SIC-Geral e tiveram de fugir deixando a mercadoria no local em posse dos efectivos do SIC-Geral.

Ao que o Novo Jornal apurou no local, os sete operacionais do SIC-Geral, envolvidos neste esquema fraudulento, não estão suspensos das actividades laborais e continuam a exercer o trabalho normalmente.

Perante está situação, o Novo Jornal questionou o director de comunicação institucional e imprensa do SIC-Geral, superintendente de investigação Criminal, Manuel Halaiwa, que disse que os seus efectivos foram ao local do crime porque receberam uma notificação que fazia referência a está prática de crime que lesou a empresa (AMCT), comércio e prestação de serviços.

"O caso continua em fase de investigação, na verdade, o elemento apresentado e mais quatro elementos foragidos são os verdadeiros mentores deste crime", disse, ressaltando que os mesmos estão envolvidos em outros crimes violentos em Luanda.

"Estamos a trabalhar para que esse assunto seja esclarecido da melhor maneira possível, o SIC-Geral foi envolvido num crime que não cometeu, quando na realidade foi em busca da legalidade e garantia da ordem", afirmou