Dombe Grande. Vila e comuna benguelense famosa por ser "a terra de grandes feiticeiros". Não assumimos se isto é mito ou verdade, mas reconhecemos: foi com algum alívio no coração que lemos no plural a palavra "bem-vindos", porque, se estivesse grafada no singular, poderíamos, porventura, ter de escolher que elemento da caravana desceria do carro para meter conversa com o grupo de jovens sentados debaixo de uma árvore grande.
Afinal, não são apenas jovens. Agora que nos aproximamos, é possível divisar, pelo menos, dois anciões cabisbaixos e uma senhora vendedora de sandes e bebidas diversas. Pela misteriosa reputação de que goza esta localidade, é sempre confortável notar que, a pouquíssimos metros, em letras garrafais colocadas no topo de um enorme edifício cor de creme, está escrito: Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA). Se algo correr mal, aqui está, sem dúvidas, um bom lugar para se fugir de um potencial feiticeiro.
Felizmente, não há fugas, mas há alguma apreensão e desconfiança, porque o repórter acaba de anunciar que vem de Luanda, com o objectivo de perceber, na voz dos próprios habitantes, se é mesmo Dombe Grande uma terra de bruxos.
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