Laura Massango, de 29 anos, é natural do Namibe e padece de um cancro da pele que a deixou com o rosto deformado há mais de um ano. A jovem é a segunda filha e a única albina da família [condição genética não-contagiosa, causada pela deficiência na produção de melanina, responsável pela pigmentação e protecção da radiação solar que afecta os olhos e a coloração do cabelo].
Ao Novo Jornal, Laura recorda que os primeiros sinais do cancro [doença decorrente da sua condição de albina] surgiram em forma de espinhos no rosto, que viriam a agravar-se dias depois, deixando-a com o olho direito tapado. Sem condições para rumar a Luanda, onde funciona o único Instituto Angolano de Controlo do Câncer, para dar sequência ao tratamento, Laura Massango clama por ajuda.
"Não trabalho, dependo da mãe e dos meus cinco irmãos, pelo que preciso, com urgência, de tratamentos e cosméticos para a minha pele", reforça.
Na condição de Laura, estão outras pessoas albinas, que, devido à discriminação, ao estigma e aos estereótipos negativos, associados à falta de condições financeiras para a compra de fármacos e cosméticos, acabam por contrair diferentes tipos de doença, com destaque para o cancro da pele. Em muitos casos, a falta de assistência médica leva a que não resistam, acabando por falecer, uma realidade confirmada ao Novo Jornal pelo presidente da Associação de Apoio de Albinos de Angola (4As), Manuel Vapor, que estima em 16 o número de vítimas mortais registadas no ano passado.
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