Continua acesa a problemática da gestão dos resíduos em Luanda, quatro meses depois da contratação de novas empresas para a recolha do lixo e de o Presidente da República ter ordenado a criação de uma task force integrada pelas novas e antigas operadoras, empresas de construção civil, efectivos dos órgãos de Defesa e Segurança e organizações da sociedade civil, sob "batuta" da ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.

Segundo apurou o Novo Jornal, junto das referidas empresas e de uma fonte do Governo da Província de Luanda (GPL), o "Palácio" da Mutamba está com dificuldades para fazer pagamentos pontuais às sete empresas, mesmo após, em Fevereiro, João Lourenço ter autorizado uma despesa de mais de 34,8 mil milhões de kwanzas (cerca de 53 milhões USD) para a contratação emergencial de serviços de limpeza da capital, que se encontrava completamente suja e com cheiro nauseabundo, após a ex-governadora, Joana Lina, ter rescindido os contratos com as operadoras por incapacidade de pagamento e por considerar os vínculo onerosos para os cofres do Estado.

A situação, explica fonte do NJ, tem condicionado a qualidade do trabalho prestado pelas empresas, sendo que algumas delas, mesmo após a aprovação no polémico concurso público de Março, apresentavam falta de capacidade técnica e material, devido à falta de dinheiro, uma situação que deveria ser atenuada se o GPL cumprisse com o contrato.

"Em função deste atraso, as empresas estão a ter constrangimentos", reforça a fonte, que, no entanto, não avança o valor actual da dívida, embora assegure que o GPL "tem consciência da situação" e que está a tratar dela com o Ministério das Finanças (MINFIN).

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