"Queremos ter salários iguais aos dos funcionários de outros tribunais superiores. Não queremos privilégios, não exigimos um salário melhor aos praticados nos tribunais, Supremo Militar, de Contas e Constitucional. Apenas queremos ter salário igual ao desses colegas com os quais, do ponto de vista de hierarquia, estamos ao pé de igualdade", disse.

Segundo o coordenador da comissão sindical, o Tribunal Supremo tem uma carga de trabalho pesada e, também por isso, querem igualdade salarial aos demais tribunais superiores.

Domingos Feca deu como exemplo a remuneração de um motorista do TS que tem um salário mensal de 117 mil kz, contra os 300 mil kz de um motorista do Tribunal Constitucional.

O mesmo exemplo deu para o caso dos assessores do Tribunal Constitucional com um salário mensal de um milhão de kwanzas, contra os 500 mil kz dos assessores do Tribunal Supremo.

"Isto é realmente uma flagrante violação da justiça remuneratória, por isso reivindicamos. Essa situação que nos leva agora à greve é a mesma que nos levou a paralisar em 2017 e 2020. Parece não haver boa vontade", lamentou.

Segundo a Comissão de Instalação do Sindicato dos Funcionários do Tribunal Supremo (CISFJTS), a paralisação será feita de forma faseada a partir desde mês até ao mês de Julho, caso o silêncio das instâncias competentes persistir.

Assim sendo, o início da primeira fase da greve irá até ao próximo dia 01 de Abril, seguir-se-ão as semanas de 18 a 29, de 16 a 27 de Maio, de 13 a 24 de Junho e 18 a 29 de Julho, dependendo dos resultados das negociações.

Com essa greve ficam paradas todas as sessões de julgamentos que ocorrem no Tribunal Supremo.

Os funcionários do Tribunal Supremo paralisaram esta segunda-feira,21, os trabalhos para, entre vários assuntos, exigirem reajuste salarial equiparado aos demais tribunais superiores do País.

Mais de 50 funcionários do Tribunal Supremo estavam concentrados, perto das 11:00 desta segunda-feira, 21, em frente ao edifício sede do tribunal na cidade Alta onde reivindicam os seus direitos.

"Sem funcionários os juízes não trabalham. Não há justiça na injustiça", dizem os funcionários do Tribunal Supremo.