O SOJA diz não perceber a posição dos juízes e dos órgãos de defesa e segurança que se insurgem contra os funcionários grevistas. Segundo Sindicato dos Operadores de Justiça de Angola, a greve tem o seu término no próximo mês de Abril.

O secretário-geral do SOJA, Joaquim de Brito Teixeira, disse não entender a posição dos juízes visto que, recentemente, os mesmos se manifestaram também para exigirem melhores condições laborais.

O SOJA queixa-se de que os cartazes postos nos tribunais de comarcas que anunciam a greve estão a ser removidos sem qualquer explicação.

Em declarações à imprensa, o secretário-geral do SOJA assegura que nos próximos dias o sindicato dos operadores da justiça vai reunir-se com Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Funcionários Administrativos da Procuradoria-Geral da República (SINTEJA/PGR) e o Sindicato Nacional dos Juízes de Angola, para avaliar as questões de intimidações.

O Sindicato dos Operadores de Justiça de Angola deu início à greve de dimensão nacional no dia 20 deste mês e pretende terminar a mesma apenas no dia 14 de Abril.

O SOJA reivindica há alguns anos melhores condições de trabalho, promoções na carreira, aprovação de um novo estatuto remuneratório, contra a falta de transporte para diligências, subsídios e incentivos a nível dos tribunais.

Em função da greve, o Novo Jornal sabe que vários julgamentos marcados inicialmente para este mês foram cancelados e suspensos os julgamentos sumários.