Cada fixador roubado, também conhecido como "pantros", custa 30 mil kwanzas, e, segundo o CFL, o atraso temporário dos comboios suspensos criou constrangimentos nos horários.

Por exemplo, conta o CFL, o comboio de combustível que seguia para a província de Malanje acabou por ficar retido numa das estações de Luanda.

Augusto Osório, porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, disse que nesta altura os técnicos da empresa estão a fazer a reposição dos fixadores furtados.

"Apelamos aos cidadãos para fazerem denúncias à Polícia Nacional e às autoridades administrativas dos actos de vandalismo da linha férrea para que estes indivíduos possam ser punidos de acordo com a lei", declarou.

Em Agosto de 2021, mais de 400 parafusos da linha férrea, na estação do Cassualala, ramal do Dondo, província do Kwanza- Norte, foram furtados, o que impediu a circulação dos comboios naquele troço.

O CFL salienta que os furtos destes parafusos poderá estar ligado à prática de venda ilícita de material ferroso às siderurgias, fenómeno que nos últimos anos se tem verificado no País.

"Alertamos as administrações locais e outras autoridades de direito para a gravidade e o perigo que constitui a continuação destas acções condenáveis, o que poderá levar ao descarrilamento dos comboios e perda de centenas de vidas humanas e do património público e privado", alertou o porta-voz do CFL.