Ao Novo Jornal, os estudantes denunciaram que a direcção está a obrigar os rapazes a cortar o cabelo e a proibirem as raparigas de entrar com tranças, postiços, perucas e punhos.

Somos estudantes do Instituto Médio Politécnico Acácias Rubras, em Viana, e viemos denunciar que a instituição está a obrigar-nos a cortar o cabelo. A não trançá-lo, numa clara violação dos nossos direitos. Até tranças de linhas e com punho (tranças africanas) estão a proibir", denunciam.

Com medo de represália, e sob anonimato, os visados revelaram que até o penteado "puxinho", para as meninas, está a ser proibido.

"Estão a proibir-nos de entrar com cabelo na escola e a obrigarem-nos a cortá-lo. As meninas estão proibidas de usar tranças postiças e peruca", descrevem os alunos.

"Apenas estão a permitir que as meninas frequentem as aulas com o cabelo natural, mas sem trançarem. Já estamos neste impasse há duas semanas. Infelizmente não nos dão um fundamento legal, apenas dizem que estão a cumprir ordens", contou um jovem do curso de informática, que foi mandado embora da sala de aulas na passada sexta-feira.

Outro contou que a direcção do Instituto médio Privado Acácias Rubras apenas está q dar duas opções aos estudantes, que é a de sair da instituição ou cortar o cabelo.

"Somos muitos estudantes nessa condição. Muitos, com medo, estão a cortar o cabelo, incluindo meninas", contou um aluno do curso de enfermagem.

Sobre o assunto, o Novo Jornal contactou a direcção do IMPAR, para os devidos esclarecimentos, mas não obteve esclarecimento sobre a medida.

Francisco Neves, um funcionário ligado à área de comunicação da instituição, disse ao Novo Jornal que a direcção do Instituto Médio Politécnico Acácias Rubras nada tem a esclarecer à imprensa.

"Não temos nada a dizer à imprensa, não vamos falar nada sobre o assunto, porque este não é problema vosso", respondeu este funcionário, quando abordado.