A rede prometia às pessoas burladas que fariam o recrutamento na Escola Nacional de Polícia, vulgo "Capolo II", em Luanda, e foram muitos os cidadãos que se deslocaram a Luanda com o desejo de ser integrados na PN.

Em declarações ao Novo Jornal, o porta-voz da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), órgão de investigação da Polícia, intendente Quintino Ferreira, disse que a detenção do jovem pertencente à rede de burladores aconteceu graças à denúncia de uma das vítimas.

Segundo a DIIP, a rede ligou para dois cidadãos, em Benguela, que já haviam pago 150 mil kz, e pediu que viessem a Luanda a fim de fazerem o recrutamento no "Capolo".

Postos em Luanda, apenas um entrou em contacto com o jovem burlador, no bairro da Polícia, na zona dos quartéis, na Calemba, e foi sequestrado, tendo sido mantido em cárcere privado.

A rede mantinha contacto com os demais burlados, afirmando que o jovem sequestrado já estava a fazer recrutamento no "Capolo" e que por isso não atendia as chamadas telefónicas da família e de amigos.

Como o burlador insistiu com um dos amigos do jovem para que também ele entrasse em contacto com demais burlões, este desconfiou, devido à insistência quanto ao pagamento, e apresentou queixa à DIIP.

Segundo Quintino Ferreira, o jovem burlador foi detido e a DIIP conseguiu resgatar o cidadão de 29 anos, que veio de Benguela, e que estava refém nas mãos desta rede criminosa.

Levado a interrogatório, o burlador confessou que pertence à rede e que não sabe precisar quanto elementos tem esta rede.

Às autoridades, assegurou que atraem as vítimas nas províncias de Benguela, Huambo e Luanda, mas não soube dizer quantas pessoas já burlaram.

A DIIP diz que vai continuar a investigar o caso e deter todos os implicados da rede criminosa.

Quintino Ferreira alertou os cidadãos para não se deixarem levar por promessas do género e denunciarem quando se depararem com tais situações.