Nos últimos anos, os funcionários da TCUL acusavam a direcção de ter dificultardes de passar para a reforma vários trabalhadores com o tempo de serviço suficiente, por alegada dívida "milionária" para com o Instituto Nacional de Segurança Social.
Esta semana, o conselho de administração da emprega, garantiu que a TCUL está longe de ter uma falência técnica como se previa há alguns anos atrás.
Catarino César, PCA da TCUL, assegura que a empresa vive uma situação de estabilidade e que o pagamento dos salários tem sido regular todos os meses.
Quanto à dívida que a TCUL tinha com a Segurança Social, na ordem dos 700 milhões de kwanzas, que não permitia a que muitos trabalhadores em idade de reforma fossem aposentados, o PCA garantiu que a questão já está ultrapassada.
"Conseguimos nos últimos dois anos ultrapassar grande parte dos constrangimentos que vivíamos na empresa, falamos da dívida com o INSS, que ficou resolvida a 100 por cento", tranquilizou.
Segundo a PCA, a TCUL vive agora momentos melhores, comparativamente a outros tempos, permitindo à empresa ter estabilidade económica e financeira.
Já a comissão sindical da CGSILA na TCUL entende ser a hora de a empresa resolver os problemas dos reformados, visto que muitos foram postos em casa e até agora não recebem reforma por conta da dívida.
Domingos Epalanga, primeiro secretário da comissão sindical da TCUL, disse ao Novo Jornal que os trabalhadores em fase de reforma da empresa não beneficiam do processo de actualização dos salários, o que é uma luta entre a entidade patronal e os funcionários.
Segundo o sindicalista, a direcção da TCUL deve resolver com máxima urgência este problema que inquieta os trabalhadores em idade de reforma.
Domingos Epalanga refere que a empresa deve também resolver o problema dos funcionários reformados que faleceram enquanto esperavam pelo pagamento da dívida no Instituto Nacional de Segurança Social.
"Agora vamos esperar para crer. Se de facto pagaram a dívida à Segurança Social, queremos ver este problema resolvido nos próximos tempos, visto que é um dos maiores problemas que nos inquietam", disse.
A empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL) registou no ano passado um resultado líquido negativo de 569 milhões Kwanzas. A TCUL existe há 34 anos.