Os interlocutores disseram não entender a razão das demolições, justificando com o facto de, dias antes, a zona ter recebido a visita do governador da província de Luanda, Higino Carneiro e membros do governo municipal e do partido que determinou, na sua presença, a paralisação das demolições e a retirada das tropas.
"Naquela data, as demolições pararam", testemunharam fontes deste jornal que, desde segunda-feira, dia 2, assistem impávidos à destruição das suas moradias. "Vá lá ao terreno para ver o que eles estão a fazer. O próprio governador já tinha constatado a ausências de militares. Agora, estão lá de novo e bem armados, com armas pesadas do tipo PKM (metralhadoras russas), projécteis e tudo" denunciaram.
Testemunhas no local, revelaram ao NJ que as ordens de demolição eram dadas de forma expressa, por um suposto engenheiro, que se encontrava dentro de uma viatura Land Cruiser. "Não estamos a entender nada. Até ontem, praticamente, demoliram 1200 casas. É muita casa demolida pelos militares armados", insistiram.
Para além de moradias, as demolições atingiram uma capela da Igreja Católica que ali existia há mais de 30 anos, segundo denunciou à Rádio Ecclésia, o porta-voz da Diocese de Viana, padre Queirós Figueira.
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