À porta do Centro de Vistos de Portugal, no meio de vários jovens, a equipa do NJ conversou com Leonor Isabel (nome fictício), de 25 anos. Formada em Administração Pública, a jovem tem a certeza de que não quer mais continuar a viver no País. Embora tenha tido o pedido de visto rejeitado quatro vezes nos últimos dois anos, estava na quinta tentativa.

"Tem sido um processo longo", confessa, com o rosto desgastado, enquanto segura nos braços um envelope A4 contendo os documentos exigidos para o processo. No auge da idade, fala da ambição de começar uma nova vida em Portugal e da decisão de emigrar, face às dificuldades, principalmente financeiras, que enfrenta no País. "Preciso de mudar a minha vida e tenho a certeza de que aqui não vou conseguir concretizar os meus sonhos".

.....

Na era JLo, comunidade angolana sai de 16 mil para mais de 30 mil na "Tuga"

A comunidade angolana em Portugal aumentou de 16.854, em 2017, para mais de 31.345, em 2022, segundo dados do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), agora Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). De acordo com o último relatório da instituição, publicado no ano passado, em 2022 foram emitidos 113.090 novos títulos de residência. Desses, Angola, com 5.652 títulos, ficou entre os três países que lideram a atribuição de residência, numa lista em que o Brasil, com 38.889, esteve em primeiro lugar, seguido da Itália, com 5.903. O número de angolanos que conseguiram o título de residência foi o maior de sempre, fazendo que Angola subisse no ranking das nacionalidades mais representadas naquele país lusófono, saindo do 9.º lugar, onde esteve até 2021, para o 6.º, em 2022.

Leia este e "especial informação" na edição semanal do Novo Jornal, gratuita devido ao feriado. Basta seguir o link: https://leitor.novavaga.co.ao/