Em um mês, este é o segundo estaleiro que o Serviço de Investigação Criminal desmantelou nos Mulenvos: a primeira ocorrência aconteceu no mês passado, na zona do Aterro Sanitário, onde havia uma empresa que vendia ilegalmente gasolina e gasóleo.

Nesta operação realizada no fim-de-semana, nos arredores da Recolix , segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa da direcção geral do SIC, Manuel Halaiwa, foi possível deter três homens: o proprietário do estaleiro e mais dois funcionários.

O combustível que era vendido no local, conta o SIC, não é genuíno, porque os homens adulteraram o produto e comercializavam o combustível a retalho, em em Luanda. Noutros casos, os contrabandistas transportavam-no para a República Democrática do Congo, através da fronteira do Luvo.

Questionados sobre a origem dos produtos, os homens mostraram facturas emitidas pela Sonangol e pela Sonangalp, de compra e venda da mercadoria, alegando que veio destas empresas.

Porém, o SIC diz que existe também a famosa "linha branca", um sistema clandestino em que os compradores recebem a mercadoria como se fosse mesmo destas empresas.

Entretanto, os contrabandistas foram apresentados nesta segunda-feira, no local do crime e serão encaminhados para o juiz de garantia.