O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa disse que " também fazia parte da rede - o Novo Jornal avançou a notícia esta manhã - uma cidadã vietnamita, não identificada, que era a responsável pelo recrutamento das suas compatriotas, fazendo uma proposta para trabalharem no seu estabelecimento que se encontra no Zango 0".

Sem terem o conhecimento de que se tratasse de uma rede de prostituição, as vítimas com as idades entre os 18 e os 40 anos, aceitaram a proposta e viajaram para Angola, na esperança de serem enquadradas num trabalho digno. Tão logo chegaram ao País, foram levadas para uma residência no Zango 0, onde todos os dias eram obrigadas a relacionar-se sexualmente com os clientes do estabelecimento, que por hora cobrava 17 mil kwanzas e por uma noite 50 mil, conta o porta-voz o SIC.

O chefe da quadrilha é um chinês de 40 anos, já detido, e era ele quem negociava com os clientes, sobretudo as formas de pagamento pelo serviço prestado pelas mulheres, que mensalmente usufruíam um salário de 500 dólares.

No local, segundo o SIC, fazia-se consumo de drogas e foram apreendidos cerca de 15 miligramas de cocaína nas seringas que eram injectadas às mulheres.

De acordo com o SIC, o grupo existe há três anos e de momento só foi descoberto a casa do Zango 0, mas diligências estão a decorrer no sentido de descobrir se, para além deste local, há mais algum e se há mais pessoas envolvidas no esquema.

O SIC garante que os dois chineses que se encontravam no local, já detidos, serão presentes ao juiz de garantia. Quanto às quatros vietnamitas, serão encaminhadas para o Serviço de Migração e Estrangeiros, para se apurar a sua situação migratória.