Ao Novo Jornal, a ANATA, que diz que estão a ser descriminados pelo Estado e por isso vão partir para greve, afirma que "a classe está ser castigada e perseguidas pelas autoridades policiais que assistem impávidas e tranquilas ao não cumprimento do Decreto Presidencial por parte das operadoras de transportes públicos em Luanda.

"A paralisação é abrangente a todas as categorias de táxis ocasionais (hiaces, mini-autocarros e turismos). Durante a paralisação todos os taxistas devem manter os veículos em casa, ou nas placas das suas Staffs", disse Francisco Paciente, presidente da associação.

Segundo o líder da ANATA, a greve é uma manifestação de último recurso, depois de estarem quase esgotados todos os passos dados junto das autoridades da província, no sentido de se resolver o problema.

"Devem todos os taxistas manter a serenidade e observar as regras de boa conduta. Não agredir ou vandalizar bens públicos nem privados, sob pena de responsabilização individual", alertou.

Francisco Paciente assegurou que os "azuis e brancos" são descriminados pelas autoridades polícias na actuação do cumprimento do Decreto Presidencial sobre a lotação a 75%, que somente é cumprido pelos taxistas e não obedecido pelas empresas de transportes públicos que carregam a 100 por cento.

"Quando levamos um passageiro a mais somos multados, levados a tribunal e condenados por excesso e desrespeito ao Decreto Presidencial. Mas os autocarros das empresas de transportes urbanos lotam a 100% e não lhes acontece nada, porquê? Se até sãos subvencionados pelo Estado e ainda ficam impunes na violação da referida Lei?", questionou.

Sobre o assunto, o Novo Jornal contactou o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, que assegurou que as autoridades policiais vão tomar um posicionamento sobre a questão oportunamente.