O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações e Afins de Luanda, Lourenço Afonso, justificou a suspensão do protesto laboral com garantias da administração de que a partir de Janeiro de 2022 haverá uma resposta satisfatória ao seu caderno reivindicativo.
Como o Novo Jornal tinha noticiado na quarta-feira, os trabalhadores desta empresa pública, como informou Lourenço Afonso, citado pela Lusa, exigem melhores salários, assistência médica e, entre outras reivindicações, o pagamento das compensações de reforma.
E são essas exigências que a administração da Angola Telecom se compromete a dar resposta já a partir de Janeiro.
O sindicalista disse, citado pela agência de notícias portuguesa, que foi realizado um encontro com a administração, na quinta-feira, onde foi possível chegar a um entendimento que consideram abranger os pontos essenciais, levando a esta decisão de suspender a greve.
"Vamos suspender (a greve) até à realização da próxima assembleia-geral de trabalhadores onde foi decretada a greve", disse o sindicalista.
Segundo o sindicalista, os pontos consensuais estão relacionados com a actualização salarial de 50% para um segmento expressivo de trabalhadores que aufere "salários baixíssimos", entre 60.000 kwanzas (93 euros) e 70.000 kwanzas (108 euros).
E, posteriormente, a partir de Maio de 2022, "poder-se já trabalhar numa nova tabela, com qualificador de funções, onde haverá progressão de carreira, e a partir daí se aplicar uma nova tabela salarial, onde serão aumentados salários de todos de forma transversal", explicou.
Os funcionários da estatal angolana de telecomunicações e multimédia voltam a beneficiar de serviços de assistência médica e medicamentosa, "a partir de Janeiro de 2022", e o patronato garante também "equacionar já" as compensações de reforma.
A efectivação de um plano de habitação, valorização de recursos humanos e a actualização de contratos por tempo indeterminado, para colaboradores que há mais de cinco anos têm contrato por tempo determinado, constam ainda entre os acordos firmados entre as partes.