Também o médico que interrompeu à gravidez foi condenado na pena de oito anos e seis meses de prisão efectiva, por concluir que a acção deste profissional foi o que levou a adolescente à morte.
Segundo a sentença, lida esta quarta-feira em Mbanza Kongo, a mulher solicitou ao médico, que trabalhava no Hospital Municipal do Tomboco, após resultados positivos do exame de gravidez, que a interrompesse em compensação de 40 mil kwanzas.
Conta a acusação que este profissional de saúde aceitou o pedido da progenitora em interromper a gravidez precoce.
Os factos acorreram em Novembro de 2021, no município do Tomboco, quando a mãe procurou o médico na sua residência, acompanhada da vítima, para realizar um exame de ecografia, que confirmou gravidez de quatro meses.
Esta por sua vez indignada, conta a acusação, solicitou ao médico para que interrompesse a gravidez de imediato.
Segundo o tribunal, ficou provado que a acção do médico foi a principal causa da morte da adolescente.
Conforme os exames forenses, à vítima faleceu devido ao aborto traumático e hemorragia uterina.
Por provocar damos morais irreparáveis, o tribunal condenou também o médico ao pagamento de três milhões de kwanzas, a título de indemnização à família da vítima.
A mãe por cumplicidade e o profissional da saúde por responsabilidade directa, foram encaminhados ambos para prisão onde vão cumprir as penas aplicadas.