Este período corresponde a dois ciclos de incubação do vírus e, se nesse período não se verificar qualquer teste positivo, é decretado o fim da transmissão.

Em comunicado, a organização diz que o fim deste ressurgimento é "um novo marco no esforço do país para derrotar o ébola" e elogia o governo, os parceiros e o povo da Serra Leoa pela resposta rápida a este novo surto.

Este último ressurgimento de ébola fez elevar para 3.590 o número de mortos na Serra Leoa durante uma "epidemia que devastou famílias e comunidades em todo o país e perturbou todos os aspectos da vida", acrescenta a OMS em comunicado.

No entanto, a organização avisa que a Serra Leoa, assim como a Libéria e a Guiné-Conacri, ainda estão em risco de novos ressurgimentos, sobretudo devido à persistência do vírus em alguns sobreviventes.

"É preciso manter uma vigilância forte e uma capacidade de resposta de emergência, assim como rigorosas práticas de higiene em casa e nos serviços de saúde, e uma participação comunitária ativa", pode ler-se no comunicado.

Para os sobreviventes, a OMS pede cuidados de saúde, rastreios e aconselhamento.

A Serra Leoa foi inicialmente considerada livre da transmissão de ébola a 07 de Novembro, a Guiné-Conacri a 29 de Dezembro e a Libéria a 14 de Janeiro.

A epidemia de ébola na África Ocidental afectou 28.637 pessoas e matou 11.315.

Iniciada em Dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria.