Em entrevista à Angop propósito do estado actual do Semba, o músico mostrou-se satisfeito com o surgimento de novos fazedores do estilo, acreditando que a continuidade está salvaguardada para as próximas gerações.

Mais, apesar deste aspecto, Gaby Moy afirmou que os jovens devem contactar os mais velhos para orientarem na composição dos temas, referindo-se, sobretudo, nos temas interpretados em línguas nacionais, por apresentarem uma complexidade na sua composição e expressão, apelando a maior intercâmbio entre as duas gerações.

O compositor afirma que o estilo Semba tem características específicas que devem ser salvaguardadas de formas a manter a essência do estilo.

Os novos fazedores devem sentar com os mais velhos para que o testemunho seja passado com exactidão, reforçou.

Segundo Gaby Moy, os músicos mais experimentados devem mostra toda disponibilidade para auxiliar esta geração disponível a elevar e salvaguardar este estilo herdado dos antepassados e que serve de identidade da cultura nacional.

O compositor mostrou a sua satisfação pelo interesse dos músicos na reedição e interpretação de temas do passado, mas aconselha a seguirem os termos legais para realização do pedido da regravação.

O surgimento de cantores da nova vaga a interpretarem temas do passado é umas das formas de mostrar os feitos realizados pelos kotas nos anos 50 e 60, disse.

Gaby Moy é uma referência da música angolana da geração de 1980. O seu primeiro trabalho discográfico foi Vizinha Zongola, lançado em 1992, que o guindou no topo da música angolana.

Fazem ainda parte da sua discografia o disco Semba Kizomba (1994), Tu Mbanza Muá Ngola (1996), Quem Procura Acha (1998), Angikitá (2000), Músicas do Musseque (2003) e Angolanissimo, 2009.

Angop