Foi uma final inédita entre dois gigantes do futebol africano, conferindo à sub-região da África Ocidental o galardão paralelo de ter duas equipas na final do CAN 2023, sendo que a Costa do Marfim já venceu o CAN por três vezes, com esta, depois de o ter conseguido em 1992 e 2015.
Resiliente, pode dizer-se que a Costa do Marfim é um campeão improvável, depois das dificuldades que enfrentou ao longo do percurso desta 34ª edição da Taça das Nações, onde esteve próxima da desqualificação na repescagem entre as três melhores selecções terceiras classificadas.
Como ocorreu, geralmente, os anfitriões sempre iniciaram as partidas a perder, acabando por protagonizar a reviravolta e hoje foi exactamente igual.
As "Super Águias" abriram o marcador na primeira parte, quando William Troost-Ekong cabeceou a bola para o fundo das malhas, aos 38".
Em desvantagem, os "Elefantes" empataram na segunda parte, com Franck Kessié a cabecear ao poste mais distante, após cruzamento de Simon Adingra (62`), e depois passaram para a frente quando Sebastien Haller desviou para o golo, após cruzamento de Adingra (81`).
Ao inaugurar o marcador, a Nigéria parecia disposta a repetir a vitória por 1-0 sobre a mesma adversário no grupo A da primeira fase, com golo, igualmente do capitão William Troost-Ekong.
Liderados pelo actual melhor jogador africano do ano, Osimhen, os nigerianos não justificaram o favoritismo suportado pelos três títulos já conquistados, designadamente, 1980, 1994 e 2013.
Mas a Costa do Marfim foi simplesmente muito forte e se tornou o primeiro país anfitrião a vencer a AFCON desde 2006.