André da Costa falava à margem de uma cerimónia que assinalou o envio, no próximo dia 20, de 19 jovens universitários angolanos para a Dinamarca, para participar numa acção formativa destinada a capacitá- los para a inserção no mercado petrolífero.
Segundo este responsável, a Maersk Oil Angola aguarda apenas que a concessionária nacional, Sonangol, sancione o projecto de exploração para que nos próximos meses, avance com as tarefas que a vão habilitar a obter o primeiro óleo entre 2017 e 2018. "É um desafio muito grande. Em termos de prospecção e produção novos desafios se apresentam para a descoberta em águas ultra profundas, já que o sucesso de exploração em águas profundas é bastante aceitável", salientou André da Costa.
Relativamente às potencialidades petrolíferas do país considerou inquestionáveis, porquanto o mercado angolano é bastante competitivo e requer "know how" elevado, novos investimentos e aposta em nova tecnologia.
A MOA iniciou as suas actividades em Junho de 2005, com aquisição de uma participação de 65 por cento na exploração do Bloco 16, em que tem como parceiros a Sonangol P&P, com 20 por cento e a Odebrecht Oil & Gás (15%).
A Maresk Oil Angola é também operadora dos Blocos 8 e 23, com uma participação de 50% em parceria com a Svenska Petroleum Exploration (30%) e com a Sonangol P&P (20%). Já em 2009, fez a descoberta do campo Chissonga no Bloco 16 e perfurou mais dois poços de avaliação em 2010 e 2011, continuando actualmente em processo de exploração de petróleo na referida área.
A MOA é afiliada da empresa dinamarquesa, Maersk Oil, uma multinacional de petróleo e gás, com uma produção diária de aproximadamente 600 mil barris de petróleo a nível global. Uma das prioridades da empresa tem a ver com a segurança.
A empresa notabiliza-se ao ter operações livres de incidentes, um compromisso apoiado por uma formação de pessoas para trabalharem num ambiente seguro e também na gestão dos sistemas de segurança. O grupo Maersk opera em 130 países e dispõe de uma força de trabalho estimada em 108 mil empregados.
Em Angola conta com cerca de 1.300 colaboradores, dos quais 1.150 angolanos. O grupo tem ainda como actividades, as áreas de transporte, indústria energética, logística, venda a retalho e indústria transformadora.