Cerca de 187 milhões de dólares em receitas não realizadas por ano e 800 empregos directos perdidos são os prejuízos provocados pela baixa produção avícola em Angola. Esta é conclusão que consta de um levantamento feito pela Associação Nacional dos Avicultores de Angola (ANAVI), divulgado num encontro realizado nesta quarta-feira, 24, em Luanda.

Concluiu-se que apenas 30% da capacidade instalada da produção de ovos está em operação.

Alia-se a isso o facto de 50% dos pequenos produtores estarem totalmente paralisados e 800 milhões de ovos por ano não serem produzidos.

Segundo a vice-presidente da ANAVI, Maria José, a produção de carne de frango afigura-se nula, embora exista capacidade produtiva de 10 mil toneladas em algumas fazendas. Avultam dificuldades em termos de matérias-primas, com particular incidência para os cereais, produtos ainda importados.

Do levantamento feito no ano em curso para identificar as capacidades de produção instaladas, a produção actual e o diagnóstico dos principais constrangimentos, desafios, oportunidades e soluções foi constatada a existência a nível nacional de 118 produtores, a capacidade instalada de 3,6 milhões de aves e uma produção actual de 733.656 ovos/ dia.

Com 118 produtores e associados, a ANAVI, controla na província do Kwanza- Sul 35 produtores localizados na cidade de Waku-Kungo, em Benguela (24), e em Luanda (59).

No Waku-Kungo, conta com a capacidade instalada de 982.988 bicos, e em produção apenas 288.524 bicos. Aqui encontram-se 75% da capacidade instalada sem uma única ave.

Já em Benguela, existe a capacidade instalada de 272.871 aves, das quais somente 68.080 estão a produzir ovos, com uma diária de 22.342 ovos. Enquanto isso, em Luanda tem instalada a capacidade produtiva de 2.390.866 aves que estão em produção 745.548, que apenas produzem actualmente 471.358 ovos.

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