Venda parcial do Banco Caixa Geral Angola vai render 60 milhões à Sonangol

A entrada em bolsa do Banco Caixa Angola vai render mais de 60 milhões de dólares à Sonangol com a transacção de apenas 25% do capital colocado em oferta pública.

A petrolífera nacional colocou em bolsa, nesta operação que vai decorrer até 16 deste mês, cinco milhões de acções a valerem entre 4.250 e 5.000 Kz, um resultado para os cofres do Estado, que detém a Sonangol, de mais de 60 milhões USD.

Citado pela Lusa, o administrador do Caixa Angola, Francisco dos Santos, fez uma avaliação positiva do mercado bancário nacional que "evoluiu muito rapidamente" e está agora a concorrer à moldura de supervisão europeia (Basileia 3), "um passo muito importante ao nível do controlo transparência e governação dos bancos".

A Lusa explica ainda que o lote de 25% do capital destina-se a três grupos de investidores: 15% do capital destina-se aos actuais accionistas angolanos, 2% a colaboradores e membros dos órgãos sociais e 8% ao publico em geral.

O Estado português através da Caixa Geral de Depósitos é o maior accionista do Caixa Angola, sendo o restante capital distribuído pelos empresários angolanos António Mosquito e Jaime Freitas (12% cada um), Sonangol EP (24%) e Sonangol Holding.

O responsável do banco explicou que os accionistas angolanos do banco tinham direitos de preferência estabelecidos entre acordos de accionistas e facilitaram a operação abdicando deste direito face à totalidade em venda e "com esse sacrifício" têm também "a possibilidade de reforçar um pouco o capital no banco por esta via".

A venda das acções da Sonangol decorre do Programa de Privatizações dos Estado Angola (ProPRIV), no âmbito do qual foram já privatizadas 125 empresas e activos de um total de 178 previstos, adiantou Ednilson Sousa, representante do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) na mesma sessão.