Nos primeiros três meses do ano foram registadas pelo Banco Nacional de Angola 16.548 reclamações, numa média de 5 516 processos por mês, o que correspondeu a aumentos de 105,97% face ao trimestre anterior, que registou um total de 8 034 processos e de 146,29% quando comparado com o período homólogo de 2023, que contou com 6 719 reclamações.

Os dados do Ranking das Reclamações do Sistema Financeiro Angolano, divulgados pelo BNA, expõem que o aumento exponencial do volume de queixas face ao período homólogo está relacionado com a entrada em funcionamento de uma nova Sociedade Prestadora de Serviços de Pagamento, a Africell Mobile Money, com uma carteira superior a 8,5 milhões de contas registadas, bem como com o aumento da consciencialização dos clientes das instituições financeiras no que respeita à defesa dos seus direitos e legítimos interesses.

"Os temas ligados ao serviço de mobile banking lideram a lista de reclamações, seguido dos serviços de caixas automáticos , cartões de débito, contas de depósito à ordem, prestação de serviços, internet banking, cartões pré-pagos, operações com o estrangeiro, transferências, crédito ao consumo e contas ordenado, e que congregaram um peso de 97,07% do total das reclamações (16.063 de 16.548 reclamações)", refere o documento.

Ainda de acordo com o documento, o ranking das reclamações das instituições financeiras bancárias sistémicas é liderado pelo BFA (2.205 reclamações), seguido pelo BAI (1.565) e o Standard Bank de Angola (1.176). Seguem-se o BIC (692), BPC (557), Atlântico (247), Banco Sol (166), BCI (118), Banco Económico (78), Banco BNI (66) e o Keve (26).

Já o ranking das reclamações das instituições financeiras bancárias não sistémicas é liderado pelo Banco Valor (229), seguindo-se o Banco Yetu (206), a Caixa Angola (45), o BCA (9), o BCH (9), o BIR (8), o BCS (4), o BDA (4), o ACCESS (2).