O presidente do conselho de administração da ENANA, Manuel Ceita, no final da visita que o novo ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Viegas de Abreu, efectuou às instalações da empresa, no aeroporto internacional 04 de Fevereiro, em Luanda, referiu ainda que o volume de investimento para o Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil nasce da necessidade de "melhorar as condições de trabalho da empresa" e para que "Angola, de alguma forma, afaste a sombra de eventuais listas negras".

Depois de uma visita à sala de protocolo de Estado do terminal de voos internacionais e a outras dependências do aeroporto internacional de Luanda, Ricardo Viegas de Abreu reuniu-se com a administração da ENANA e com técnicos do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC.

"O senhor ministro predispôs-se em ajudar e vai ter um encontro, até à auditoria, com o conselho de administração, para afinar e saber até que ponto a ENANA será capaz, em nome do Estado, sair-se bem", declarou, Manuel Ceita.

Manuel Ceita explicou que o ministro dos Transportes quer ver, a curto prazo, a certificação dos aeroportos de Luanda e da Catumbela, a situação dos técnicos de aviação melhorada, e mais rigor na navegação aérea.

"Fomos, ainda, encorajados a trabalhar com Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) e a TAAG", informou.

Ricardo Abreu tomou posse como ministro dos Transportes no dia 21 de Junho, substituindo Augusto da Silva Tomás.

Na cerimónia de empossamento, o Presidente da República, João Lourenço, apelou a "um trabalho constante, conjunto e não isolado", deixando igualmente a garantia de que o Executivo, como um todo, vai prestar todo o apoio para garantir o êxito da sua missão.

João Lourenço pediu ainda ao novo titular dos Transportes "soluções mais arrojadas no que diz respeito aos transportes públicos urbanos e interurbanos ao serviço das populações, sobretudo nas grandes cidades, com destaque para Luanda, uma cidade com perto de nove milhões de habitantes".

"Precisamos encontrar outras soluções que garantam maior rapidez, maior fluidez na transportação dos passageiros, com melhores condições de comodidade e que portanto sirvam melhor o interesse público", disse o Chefe de Estado, reconhecendo que as soluções já encontradas para os transportes públicos da capital do país até aqui se revelaram "insuficientes ou pouco eficazes".

O Presidente da República considerou igualmente que "outra atenção deve ficar virada para a necessidade da conclusão das grandes empreitadas de infra-estruturas do sector, quer portuárias, quer aeroportuárias, quer ferroviárias".

Neste domínio, o titular do poder Executivo alertou ainda para a situação do Caminho-de-Ferro de Luanda, que, pelo estado da linha, tem vindo a protagonizar acidentes.