Nesse dia, na terça-feira passada, o barril tombou para os 83,4 USD, o que, de novo, parece coisa pouca mas se olharmos para o gráfico do Brent é nítida a oscilação acentuada em baixa, o que nos deixa os mais interessados neste negócio uma dúvida: vale mais a semiótica ou a matemática?
Provavelmente, equivalem-se, porque se sabe de saber acumulado que o negócio do petróleo é muito susceptível aos solavancos reais das grandes economias mas é especialmente sensível aos rumores e ao simbolismo, nem que seja ver uma tendência negativa nas linhas dos gráficos.
Para já, como relata a Reuters esta sexta-feira, os mercados têm estado, nas últimas horas, calmos, ligeiramente sonolentos mesmo, mas que na verdade o mais correcto é dizer equilibrados entre as forças do costume... um dólar robusto e receios sobre a economia chinesa.
De um lado, a moeda franca global, ainda, para o negócio da energia, que é, ao mesmo tempo, a moeda da maior economia global e o maior consumidor de crude, e do outro a segunda maior economia do planeta e o maior importador...
A nota em saliência agora é perceber se os mercados vão dar como boas as palavras de Xi Jinping, o Presidente da China, que pediu ao Partido Comunista Chinês uma "fé inabalável" na sua estratégia económica, que é o mesmo que pedir a ateus por ideologia que acreditem num "deus" dos mercados que fala pela voz do líder do gigante asiático.
E a economia não se dá mito bem com a "fé" quando se trata de números, mas se há algo que o mundo já apendeu é que a China é pródiga em... milagres, especialmente os económicos.
Para já, a China está a crescer menos que o esperado, apenas 4,7%, um número gigante para europeus e norte-americanos mas escasso para asiáticos e, diga-se, para o resto do mundo...
Face ao exposto, o barril de Brent, que serve de referência a Angola, estava esta sexta-feira, 19, perto das 13:00, hora de Luanda, a valer 84,9 USD, um ligeiro recuo de 0,9% face ao fecho de quinta-feira.