Segundo a imprensa namibiana, a SWAPO foi varrida dos principais centros urbanos da Namíbia, incluindo a capital, Windhoek, e as cidades de Luderitz, Swakopmund, Walvis Bay e Oranjemund, mantendo, no entanto, uma forte liderança nas áreas rurais.

O jornal The Namibian informa hoje que a SWAPO, que, recorde-se, domina totalmente o país desde 1990, ano em que a Namíbia se tornou independente da África do Sul, perdeu mais de 30 cidades nas últimas eleições locais, realizadas há cerca de uma semana, embora os resultados totais oficiais ainda não tenham sido anunciados.

Por detrás deste momenro histórico estão, segundo analistas locais, diversos escândalos de corrupção, mas com destaque para o sector das pescas que também atinge Angola.

Windhoek, Oranjemund, Lüderitz, Swakopmund eWalvis Bay deixam, assim, e pela primeira vez, de estar sob domínio governativo do movimento fundado por Sam Nujoma. Apesar destas evidências, o partido histórico garante que estes resultados são fruto da vontade e empenho de "forças externas" que procuram desalojar a SWAPO do poder no país.

Com estes resultados, agora, sublinha o jornal, os partidos da oposição têm a oportunidade de formar coligações maioritárias que permitem tirar o poder à SWAPO, mesmo que esta tenha, nalguns casos, conseguido ser o partido mais votado.

Desde 2015, ano das últimas eleições locais, a SWAPO detinha o poder em 52 das 57 municipalidades, ali denominadas áreas de autoridade local, acabando agora por perder mais de metade, ficando apenas com 20, e a quase totalidade das áreas urbanas, onde se situam a esmagadora maioria dos 2,5 milhões de habitantes do país.

Os vencedores mais importantes nas áreas urbanas são o Patriotas Independentes para a Mudança e o Movimento do Povo sem Terra, desde logo nos fulcrais Walvis Bay, Swakopmund, Keetmanshoop, Lüderitz e Oranjemund.