Mais de metade das crianças angolanas (51%), entre os 0 e 14 anos, vivem em condições de pobreza extrema. Isso significa que, a cada 10 crianças, cinco enfrentam severas privações no acesso aos serviços básicos, alimentação, água, saúde e educação.

Dados apurados pelo Novo Jornal , com base numa consulta ao African Poverty Clock - plataforma que mede a pobreza no continente em tempo real -, revelam que, no País, mais de 7,9 milhões de crianças nessa faixa etária vivem em agregados familiares com renda de até 1,90 dólares (menos de dois mil kwanzas).

Os números vão muito além de meras estatísticas, espelhando um cenário desolador visível em quase todas as esquinas e artérias do País, com destaque para a capital, Luanda. Nas ruas, entradas de supermercados, hotéis, restaurantes e paragens de táxis, é comum ver crianças, sozinhas ou em grupos, pedindo esmolas para "matar a fome". Muitas delas estão fora do sistema escolar e se dedicam a pequenos negócios, como engraxadores ou à zunga (venda ambulante).

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