O casal de dentistas Rajesh e Nupur Talwar "foram reconhecidos culpados dos assassínios. Eles foram reconhecidos culpados de destruição de provas", declarou à imprensa Manoj Kumar Rai.

A adolescente de 14 anos Aarushi, filha única do casal, e o criado nepalês Hemraj Banjade, de 45 anos, foram, segundo a acusação, mortos pelo casal num acesso de raiva por alegadamente terem sido encontrados numa posição "condenável".

Mas, durante o julgamento, a acusação reconheceu não ter provas materiais ou forenses para incriminar o casal e apoiar-se principalmente no facto de os acusados terem sido os últimos a ver as vítimas.

O casal enfrenta a prisão perpétua e, possivelmente, a pena de morte. A sentença é entregue pelo juiz na terça-feira.

"Estamos profundamente desapontados, magoados e angustiados por termos sido condenados por um crime que não cometemos. Recusamos sentir-nos derrotados e vamos continuar a lutar por justiça", disseram os Talwar numa declaração escrita divulgada à imprensa.

O caso foi muito mediatizado devido ao facto do casal pertencer à classe média e às reviravoltas da investigação, que a grande maioria da imprensa e do público considerou ter sido mal feita.

A defesa do casal, um dos mais famosos advogados criminais, acredita que a cobertura mediática e a má investigação policial limitam muito as hipóteses de algum dia se conhecer a verdade.

Lusa / Novo Jornal