Por ser uma doença desconhecida, as populações locais rapidamente a baptizaram de "dinga, dinga", a partir de uma música com o mesmo nome, por fazer com que as suas vítimas se contorçam como se estivessem a dançar.

Até ao momento, enquanto as autoridades ugandesas e a Organização Mundial de Saúde (OMS) procuram perceber que tipo de infecção se trata, já foram registadas mais de três centenas de casos desta misteriosa doença.

As parecenças com uma dança são, na verdade, sintomas da gravidade desta doença que gera fortes convulsões nas suas vítimas e dificulta a caminhar, o que leva a esses movimentos involuntários.

Os primeiros casos desta doença já foram registados há meses, mas nas últimas duas semanas a sucessão de novos casos está a gerar renovadas preocupações entre as autoridades sanitárias de Kampala.

Até ver, este surto está confinado à região sudoeste do Uganda, junto à fronteira com a República Democrática do Congo, e não há registo de mortes directamente com ela relacionadas.

Nalgumas situações mais graves, a aplicação de determinado tipo de antibióticos tem obtido bons resultados no seu tratamento, e na maior parte dos casos, os sintomas desaparecem naturalmente, mas as autoridades, por desconhecerem o agente causador, temem que surjam mutações que façam com que a infecção se torne mais grave e mais infecciosa.