Este organismo militar ad hoc, denominado Conselho Militar de Transição, em Abril de 2021, após a morte de Deby, anunciou que iria realizar eleições em 18 meses, o que agora é revertido, como, de resto se esperava que viesse a acontecer, até porque o filho de Idriss Deby e actual líder chadiano deverá candidatar-se às eleições quando estas tiverem lugar com garantias sólidas de eleição num país que há décadas consta da lista dos democraticamente menos transparentes em África.

Esta decisão do Conselho de Transição, do qual não fazem parte nenhuma organização importante da sociedade civil ou ONG e os grupos de guerrilha estão praticamente ausentes, decidiu, além do adiamento de dois anos das eleições, que Idriss Deby (na foto) está na condição de elegibilidade para quando a ida às urnas ocorrer.

Recorde-se que logo após a morte de Deby, a oposição chadiana acusou os militares de liderarem um golpe de Estado.