Sabe-se é que a explosão gigantesca que, no Sábado, envolveu um prédio de nove andares, na cidade ucraniana de Dnipro, matando pelo menos 40 pessoas, deixando dezenas de feridos e com 25 pessoas ainda desaparecidas ao fim de quase quatro dias de trabalhos de busca e salvamento, é a grande questão por esclarecer por estes dias no contexto da guerra da Ucrânia, porque, se o regime ucraniano acusa os russos da responsabilidade, em Moscovo a garantia é de que as forças russas não atacam alvos civis.

E responder a esta pergunta, quem é responsável pela explosão neste edifício em Dnipro? é importante porque o saldo devastador em mortes, feridos e desaparecidos está a ser usado como trunfo pelo Presidente Volodymyr Zelensky para convencer os ocidentais mais relutantes em enviar para as suas forças os estratégicos carros de combate pesados, como elemento essencial para expulsar os russos da Ucrânia, quando a NATO e a União Europeia se prepara para, em Ramstein, discutir e ultrapassar as últimas linhas de resistência para que os Leopard 2 alemão e os Chalenger 2 britânicos ou até os Abrams norte-americanos, cheguem à linha da frente.

A versão ucraniana é que se tratou de um míssil KK-22, russo, disparado de um TU-160, bombardeiro estratégico, apontado a um prédio civil longe de qualquer alvo militar, para espalhar o terror junto da população, embora, numa primeira versão, tanto os lideres locais, autarcas, em Dnipro, como um dos conselheiros de Zelensky, Aleksey Arestovich, que, mais tarde, viria a ser fortemente criticado internamente e acabou por pedir a demissão pela "informação errada" que transmitiu, tenham dado como certo que o míssil russo foi abatido pela defesa antiaérea ucraniana antes de cair no edifício, ou ainda que se tratou de um erro no sistema de navegação porque o projéctil tinha como destino uma central nuclear a alguns quilómetros daquele local.

Já do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, veio garantir que as forças russas não atacam alvos civis, apenas militares, estejam expostos ou camuflados, deixando claramente, e intencionalmente, no ar a ideia de que a explosão no edifício de Dnipro pode não ter como origem um míssil russo, e se for, é porque este foi desviado da sua trajectória pela defesa antiaérea ucraniana, como já sucedeu em Novembro de 2022, quando um destes projecteis, um S-300, caiu em solo polaco depois de abatido pelas antiaéreas ucranianas.

Seja qual for a verdade, é facto que este episódio trágico, um dos mais trágicos a envolver civis desde o início da guerra, a 24 de Fevereiro de 2022, está a ser usado pelos aliados ocidentais de Kiev para forçar a entrega dos carros de combate pesados aos ucranianos, faltando, depois de o Reino Unido, a Polónia e a França terem já comprometido alguns dos seis veículos neste processo, falta, no entanto, convencer a Alemanha, país fabricante dos Leopard 2, a não só entregar alguns dos seus "tanques" como também a autorizar a reexportação de algumas unidades por parte de países como a Polónia, a Espanha e outros...

Na sexta-feira, é já, segundo os analistas, como o major-general Agostinho Costa, em análise na RTP3, garantido que os aliados ocidentais da Ucrânia vão dar esse passo e fazer chegar algumas dezenas de blindados pesados a esta guerra, nomeadamente os Leopard 2 e os Chalenger 2, o que encurta, e muito, a chegada do momento em que se materializa o momento mais temido pelos especialistas militares, que é a passagem da ténue linha vermelha que separa a NATO da condição de apoiante de Kiev para beligerante directo neste conflito, o que teria (terá?) consequências catastróficas, mesmo na sua projecção menos dramática.

É que, recorde-se, a chegada dos tanques pesados ocidentais à frente de combate, representa "uma escalada sem precedentes" nesta guerra, como sublinha Agostinho Costa, que pode terminar com aquilo que ninguém quer ver, que é uma guerra opondo directamente EUA e Rússia, passando o actual cenário onde o ocidente combate Moscovo numa "guerra de proximidade", que visa fragilizar militar e economicamente a Federação Russa, retirando-lhe qualquer importância no panorama internacional, para, depois, Washington se concentrar no verdadeiro "inimigo", que é a China.

E isto poucos dias depois de o Parlamento ucraniano ter alterado a sua legislação para permitir que mercenários oriundos de todo o mundo possam ser integrados legalmente nas suas Forças Armadas, por contrato, fazendo com que os actuais milhares de "soldados da fortuna" polacos, romenos, britânicos, búlgaros, alemães... que estão já na linha da frente, passem a ser considerados homens da "casa" e, assim, ficarem ao abrigo das leis internacionais, que não contemplam mercenários, na eventualidade de serem feitos prisioneiros de guerra pelos russos.

Os russos vão atacar em força?

O Inverno, que é essencial, nestas latitudes, porque congela os solos, permitindo o avanço das pesadas unidades de apoio à infantaria e da artilharia pesada, parece estar a trocar as voltas aos estrategas de Moscovo, que, ao que tudo indica, estavam (estão?) a ultimar os detalhes de uma ofensiva em largas escala, para "libertar" o que ainda não está sob domínio russo, nas regiões anexadas em Setembro de 2022, como as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (está já quase integralmente controlada) e ainda Kherson e Zaporijia, ambas ainda longe de tal objectivo.

O que os especialistas militares, como o major-general Carlos Branco, que esteve em representação da NATO na guerra dos Balcãs, na década de 1990, apontam, no que é corroborado por Agostinho Costa, é que, quando Vladimir Putin coloca o seu Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Valeri Gerasimov, a comandar, ao mesmo tempo, a operação na Ucrânia, com ele, Exército, e os seus adjuntos a responder pelos ramos da Força Aérea e da Marinha, com foco no leste ucraniano, e quando acesos exercícios miliares de largo espectro decorrem na Bielorrússia, envolvendo milhares de homens das forças russas, bem como meios aéreos e terrestres, então tudo no terreno indica que se trata da antecâmara de um avanço em força sobre as posições ucranianas...

... isto, se o "general Inverno" o permitir, porque, se, no passado, como foi na II Guerra Mundial, ajudou os russos, de forma indelével, a derrotar as forças nazis de Hitler, agora, num dos invernos menos frios em décadas nesta parte do mundo, parece estar a comprometer os planos para o avanço no Donbass e no Sul da Ucrânia, porque em vez de gelo, há chuva e terras enlameadas que afundam as pesadas viaturas de combate e de transporte de tropas e da artilharia, obrigando Gerasimov a repensar a estratégia, embora tudo possa mudar em escassos dias, se as temperaturas voltarem ao que seria normal nesta época do ano, entre os 10 e os 25 graus negativos.

O risco agora pode ser uma eventual precipitação, porque os russos sabem que uma ofensiva de larga escala nas componentes terrestre, aérea e marítima, pode ser comprometida com o programa de envio de novos equipamentos militares ocidentais, desde logo os "tanques" pesados, mas também os blindados de transporte de tropas e os novos sistemas de defesa antiaérea, como os Patriot norte-americanos, entre outros, que estão prometidos e a caminho desta guerra para fortalecer as capacidades de resposta ucranianas, deixando as chefias militares russas com um dilema em cima dos joelhos: esperar pelo frio para evitar que as terras enlameadas aprisionem os seus blindados, ou avançar já e cair na ratoeira lamacenta da região para evitar o reforço em equipamento ocidental dos ucranianos.

A verdade no terreno e a propaganda dos dois lados

Diz a realidade no terreno, segundo alguns dos analistas menos implicados na máquina de propaganda, tanto de um como do outro lado, que os 11 meses de guerra levaram a que a Rússia tivesse conseguido controlar uma importante parte do leste ucraniano, sensivelmente 110 mil km"s quadrados, um território ligeiramente maior que Portugal (92 mil kms2).

Este território é, todavia, substancialmente mais reduzido que o inicialmente previsto, porque os russos não dominam uma boa parte das províncias "anexadas" de Zaporijia, de Kherson e ainda de Donetsk, onde os combates são agora mais intensos, especialmente por Soledar, já tomada pelo Grupo Wagner, empresa militarizada privada, ou mercenários, como são vistos no ocidente, e ainda em Bahkmut, dois ponos-chave na tomada do que resta por conquistar desta região, sendo apenas Lugansk totalmente tomada.

Portanto, se a guerra terminasse hoje por um golpe de magia e os dois lados ficassem nas actuais posições, Moscovo teria conseguido uma vitória parcial, e Kiev uma vitória menos luminosa e ainda parcial, podendo ambos os lados reduzir o impacto negativo internamente destas campanhas militares, porque os russos não chegaram aonde queriam, que era tomar todo o leste ucraniano e, pelo caminho, foram sofrendo derrotas humilhantes, como em Kharkiv e Kherson, de onde foram varridos ou retiraram à pressa, ou ainda na campanha inicial onde, depois de chegarem às portas de Kiev, tiveram que debandar devido à tenacidade da resistência ucraniana.

E a possibilidade de uma ofensiva russa, que pode desequilibrar ainda mais este "xadrez", onde as reduzidas conquistas e as insignificantes decepções se ficam pela perda ou tomada de peões do adversário há já vários meses (excluindo a trágica mortandade nas fileiras dos dois lados), como a disposição das novas chefias no terreno indica, está a apressar os aliados ocidentais de Kiev a darem um passo perigoso neste conflito com o envio de "tanques" pesados para a frente de batalha, de forma a evitar ainda mais perdas territoriais ao regime de Zelensky, o que poderá comprometer ou um acordo negociado em meados deste ano ou ainda uma ofensiva ucraniana na Primavera porque os avanços dos russos também significam uma maior robustez das suas futuras linhas defensivas.

É igualmente sublimável o facto de os media russos, ao mesmo tempo que no ocidente se destaca a quase certa remessa de "tanques" pesados para a Ucrânia, estarem a mostrar cada vez mais inovações na indústria militar russa, desde os novos misseis hipersónicos, aos renovados e melhor apetrechados helicópteros, especialmente os KA-52, ou ainda os novos caças SU-57 e os carros de combate de última geração, os T-14 Armata, além dos upgrades nos já conhecidos T-90, que são uma evolução tecnologicamente avançada dos "soviéticos" T-72, etc... muitos destes equipamentos ainda sequer foram enviados para a frente de combate, embora outros, como os T-90 estejam a chegar, pelo menos as imagens disso isso, às centenas para equipar as unidades da linha vermelha russa.

Uma coisa já é certa, no meio de tanta dúvida: nunca a propaganda teve tanto impacto no desenrolar de uma guerra, onde as percepções, erguidas a partir da frente de batalha mediática, são tão ou mais importantes que os avanços e recuos das trincheiras, e os esforços de um e do outro lado são de tal modo gigantescos para vencer esta guerra digital que, nas televisões ocidentais e russas, estão em permanência "batalhões" de comentadores que são, na verdade, parte do conflito, avençados ou efectivamente membros das unidades de inteligentsia dos respectivos países, sendo cada vez mais difícil destrinçar a verdade no meio de tamanha fogueira propagandística.

Kiev em missão em nome da NATO

Este esforço permanente, reforçado nos últimos dias, dos países ocidentais para garantir capacidade de defesa e de ataque aos ucranianos, que inclui, além dos blindados, os sistemas de defesa anti-aéreos mais sofisticados, os Patriot, visando a manutenção de Bahmut, bem como de outras localidades estratégicas - mas nenhuma como aquela - no Donetsk, foi acompanhado de uma declaração de grande relevo por parte do ministro da Defesa ucraniano, que veio a público dizer que o seu país também está a combater os russos em nome da NATO.

Esta foi a primeira vez que um responsável de topo em Kiev admitiu que as suas forças miliares combatem no lugar da NATO e dos EUA para fragilizar a Rússia, o que obriga, provavelmente, a um reposicionamento do ocidente.

As palavras do ministro ucraniano da Defesa, Aleksey Reznikov, foram ainda mais desafiadoras para Washington e os seus aliados da NATO, sublinhando que nesta guerra em que a Ucrânia combate em nome do ocidente, estes países apenas entram com equipamento militar enquanto os ucranianos com o sangue derramado no campo de batalha.

Em entrevista a um canal ucraniano, o governante disse ainda que a Rússia é oficialmente apontada - foi assim dito na Cimeira de Madrid em 2022 - como a principal ameaça ao ocidente, e que, "hoje, a Ucrânia está a levar a cabo uma missão em resposta a essa ameaça em nome da NATO sem que esses países derramem o sangue dos seus povos porque a Ucrânia derrama o sangue do seu povo", o que, acrescentou, "exige que nos providenciam as suas melhores armas", onde entra a questão dos blindados pesados.

Entretanto, para fazer frente com sucesso aos russos, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, General Valery Zaluzhny, disse numa entrevista recente a The Economist, que KIev precisa de mais de 300 blindados, 600 carros de transporte de militares e 500 peças de artilharia, o que é um "menu" bem recheado para a capacidade de resposta ocidental, que, segundo alguns analistas, se aproxima rapidamente da sua saturação em vários tipos de armamento, desde logo veículos blindados e howitzers (canhões).

E a paz pode chegar no "estilo coreano"?

Desde que a guerra da Coreia deixou de fazer vítimas na Península Coreana, na década de 1950, ambos os lados, Norte e Sul, mantiveram as posições, a partir de 1953, numa linha definida pelo Paralelo 38, com a assinatura de um armistício mas sem a confirmação por um acordo de paz.

Esta realidade coreana foi imposta pela incapacidade de ambos os lados, o Norte apoiado pela China e pela URSS, enquanto o Sul era apoiado pelos EUA e pelos seus aliados ocidentais, em avançar mais um milímetro no terreno ocupado pelo outro, consolidando posições com fortificações inexpugnáveis, o que é quase em tudo semelhante com o que se está a verificar no leste da Ucrânia, onde nem russos nem ucranianos parecem conseguir empurrar o opositor das suas posições actuais, mesmo que aqui e ali possam surgir avanços muito limitados e insignificantes.

É por isso que o Governo de Volodymyr Zelensky está agora a acusar Moscovo de pretender conduzir a guerra para um beco sem saída "estilo coreano", formalizando o status quo.

O chefe do Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Kiev, Aleksey Danilov, acusa os russos que quererem impor uma situação como a que subsiste há décadas na Península Coreana, o que lhes permitiria, a Moscovo, ganhar uma substancial parte dos territórios ucranianos que conseguiram ocupar até aqui.

Esses territórios consistem basicamente na Península da Crimeia, integrada na Rússia em 2014, e numa grande parte das regiões anexadas em Setembro do ano passado, Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, o que, a verificar-se, seria claramente uma vitória limitada de Moscovo sem que Kiev não deixasse de puder dizer que também conseguiu uma posição valorizável face à impossibilidade de a Rússia conseguir totalmente os seus intentos.

Esta possibilidade de solução ao estilo coreano é, para já, recusada por Kiev, mas, ao que disse o responsável ucraniano, as chefias russas estão a tentar impô-la como razoável à União Europeia e aos EUA.

Até agora não existe quaisquer reacções em Bruxelas ou em Washington, mas esse silêncio, em diplomacia, pode ser interpretado como um momento de reflexão sobre uma proposta com alguma, pelo menos, exequibilidade.

Ainda assim, em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov veio já negar quaisquer movimentações russas nesse sentido.

Contexto da guerra na Ucrânia

A 24 de Fevereiro de 2022 as forças russas iniciaram a invasão da Ucrânia por vários pontos, tendo o Presidente russo dito que se tratava de uma "operação militar especial", sublinhando que o objectivo não é a ocupação do país vizinho, condição que evoluiu depois para a anexação de territórios no Donbass mas também as regiões de Kherson e Zaporijia, mas sim a sua desmilitarização e desnazificação e assegurar que Kiev não insiste na adesão à NATO, o que Moscovo considera parte das suas garantias vitais de segurança nacional.

O Kremlin critica há vários anos fortemente o avanço da NATO para junto das suas fronteiras, agregando os antigos membros do Pacto de Varsóvia, organização que também colapsou com a extinção da URSS, em 1991.

Moscovo visa ainda garantir o reconhecimento de Kiev da soberania russa da Península da Crimeia, invadida e integrada na Rússia, depois de um referendo, em 2014, e ainda a independência das duas repúblicas do Donbass, a de Donetsk e de Lugansk, de maioria russófila, que o Kremlin já reconheceu em Fevereiro, tendo acrescido a esta reivindicação as províncias de Kherson e Zaporijia, depois da realização de referendos que a comunidade internacional, quase em uníssono, não reconhece.

Do lado ucraniano, a visão é totalmente distinta e Putin é acusado de estar a querer reintegrar a Ucrânia na Rússia como forma de reconstruir o "império soviético", que se desmoronou em 1991, com o colapso da União Soviética.

Kiev insiste que a Ucrânia é una e indivisível e que não haverá cedências territoriais como forma de acordar a paz com Moscovo, sendo, para o Presidente Volodymyr Zelensky, essencial o continuado apoio militar da NATO para expulsar as forças invasoras.

A organização militar da Aliança Atlântica está a ser, entretanto, acusada por Moscovo de estar a desenrolar uma guerra com a Rússia por procuração passada ao Exército ucraniano, o que eleva, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, o risco de se avançar para a III Guerra Mundial, com um confronto directo entre a Federação Russa e a NATO, que tanto o Presidente dos EUA, Joe Biden, como o Presidente Vladimir Putin, da Rússia, já admitiram que se isso acontecer é inevitável o recurso ao devastador arsenal nuclear dos dois lados desta barricada que levaria ao colapso da humanidade tal como a conhecemos.

Esta guerra na Ucrânia contou com a condenação generalizada da comunidade internacional, tendo a União Europeia e a NATO assumido a linha da frente da contestação à "operação especial" de Putin, que se materializou através de bombardeamentos das principais cidades, por meio de ataques aéreos, lançamento de misseis de cruzeiro e artilharia pesada, e com volumosas colunas militares a cercarem os grandes centros urbanos do país, mas que agora está concentrada no leste e sudeste da Ucrânia.

Na reacção, além da resistência ucraniana, Moscovo contou com o maior pacote de sanções aplicadas a um país, que está a causar danos avultados à sua economia, sendo disso exemplo a queda da sua moeda nacional, o rublo, que chegou a ser superior a 60%, embora já tenha, entretanto, recuperado.

Estas sanções, que já levaram as grandes marcas mundiais a deixar a Rússia, como as 850 lojas da McDonalds, a mais simbólica, abrangem ainda os seus desportistas, artistas, homens de negócios, a banca e grande parte das suas exportações, ficando apenas de fora o sector energético, do gás natural e em pate do petróleo...

Milhares de mortos e feridos e mais de 5,5 milhões de refugiados nos países vizinhos da Ucrânia são a parte visível deste desastre humanitário.

O histórico recente desta crise no leste europeu pode ser revisitado nos links colocados em baixo, nesta página.