Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países árabes, que estão na linha da frente de um potencial envolvimento regional no conflto, aludem a um perigoso agravamento da situação militar na região cuja deterioração se revela a cada hora que passa.
"Parar esta escalada começa por parar a agressão israelita em Gaza", refere-se na declaração conjunta do Egipto, Jordânia e Iraque em Nova Iorque onde está a ter lugar a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Os três países analisaram ainda a possibilidade de organização de uma cimeira tripartida entre os dirigentes do Egipto, Iraque e Jordânia, a realizar no Cairo, tendo apelado à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da ONU para assumirem responsabilidades no sentido de porem termo à guerra.
Segundo as autoridades libanesas, em dois dias de ataques aéreos israelitas contra o Hezbollah houve um aumento do número de mortos, que atinge já os 564. Entretanto, as autoridades palestinianas em Gaza afirmaram que os novos ataques israelitas mataram pelo menos vinte pessoas.
Os militares israelitas afirmam que vão fazer "tudo o que for necessário" para afastar o Hezbollah (Partido de Deus) da fronteira do Líbano com Israel. A tensão entre Israel e o Hezbollah tem sido constante desde 2023 (quando se iniciou a guerra entre o país liderado por Netanyahu e o Hamas) e, desde então, as duas partes têm levado a cabo vários ataques.
Na segunda-feira, Israel lançou centenas de ataques aéreos no sul e leste do Líbano, matando cerca de 600 pessoas e ferindo mais de 1.600. Milhares de pessoas fugiram do sul do país, bloqueando a principal auto-estrada para a capital, Beirute, no maior êxodo desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.